A Polícia prendeu outros dois suspeitos de cometer um estupro coletivo contra uma adolescente de 12 anos. O crime ocorreu no Morro do Carvão, localizado em Itaguaí, que fica na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os suspeitos são Higor da Silva, de 22 anos, e Nielson Miguel, de 28, mais conhecido pelo codinome de Sheik, por ser o gerente local do tráfico de drogas.
O crime ocorreu no dia 4 de março, segunda-feira de Carnaval.
De acordo investigações, o estupro teria ocorrido em uma residência abandonada, onde se encontravam aproximadamente 11 homens. Ainda segundo a polícia, todos teriam algum envolvimento com o tráfico. Mesmo se tivesse havido consentimento do ato por parte da menina, o crime de estupro de vulnerável ainda estaria configurado, pois a menina é menor de 14 anos.
Segundo a delegacia responsável, Jorge Peres, com 19 anos, foi o primeiro detido pelo crime. Jorge foi localizado na zona oeste do Rio, em Santa Cruz, no dia 26, quarta-feira. Outro dos suspeitos identificados é Marcelo Moreira, que se encontra foragido.
Segundo depoimento da vítima, prestado na delegacia, ela tinha ido a um baile funk em companhia das amigas. As meninas tinham curiosidade de conhecer o ambiente. Já no baile, a vítima ficou sob o efeito do álcool e contou à polícia que sofreu uma gravata e foi conduzida contra a sua vontade para a residência abandonada. O homem que aplicou o golpe disse que Sheik tinha a intenção de conversar com a garota, segundo o delegado responsável.
Segundo informou o delegado, todo o ato foi planejado pelos criminosos, que, inclusive, a obrigaram a ingerir as bebidas alcoólicas, com o claro intuito de perpetrar o crime em seguida.
Os envolvidos no compartilhamento do vídeo de estupro também serão investigados
Além disso, todo o ato bárbaro foi gravado em vídeo, que já se encontra à disposição da Polícia Civil. A polícia também investiga os desdobramentos envolvendo o compartilhamento do conteúdo criminoso. Compartilhar pornografia que envolva menores também é crime.
Este vídeo, após correr por toda a cidade, aportou na família da vítima. A partir daí o boletim de ocorrência foi lavrado, por queixa da família da menina. Segundo o relato da vítima, no banheiro onde ocorreu o ato, encontravam-se cerca de onze indivíduos. O vídeo, no entanto, somente conseguiu mostrar cinco deles. Ainda segundo o relato, a vítima não notou a presença de armas, seja no local do crime, seja no baile, valendo-se os criminosos de violência desarmada. Também não foi possível à vítima precisar quanto tempo durou o estupro.