Nesta quarta-feira (10) foi divulgado o laudo do IML relativo à morte da estudante Natália Costa, de 19 anos, que foi encontrada sem vida no Lago Paranoá, no dia 1° de abril. O resultado do laudo foi de que a jovem morreu afogada e que as marcas encontradas em seu corpo aconteceram depois da morte. Segundo o documento, não houve agressão física e não foi encontrado traumas no corpo da jovem.

A Polícia ainda aguarda o resultado do exame toxicológico para descobrir se a jovem fez uso de substâncias entorpecentes. Além disso, foram feitos exames da arcada dentária de Natália para verificar se foi ela quem mordeu o braço de Wendel Yuri.

O ex-namorado da jovem foi a última pessoa a estar com Natália enquanto a universitária estava viva.

Wendel não teria cometido crime

O defensor público responsável pelo caso de Wendel disse que não há hipótese de feminicídio nem de homicídio culposo. O defensor alegou que Wendel estava muito bêbado no churrasco e que, por isso, também não se pode falar em omissão de socorro de sua parte. Na outra semana, duas testemunhas haviam prestado depoimento à polícia. As duas eram amigas de Natália, estavam no churrasco com a vítima e confirmaram o estado de embriaguez de Wendel.

Uma delas disse que as três amigas viram Wendel deitado em um parquinho do clube. Natália teria jogado um copo de bebida em cima dele e mandado o rapaz acordar porque estava passando vergonha.

De acordo com a testemunha, Wendel acordou e disse que Natália era muito linda e que gostaria de ficar com ela.

No entanto, a jovem disse para ele respeitá-la. Segundo as amigas, a conversa se deu em tom de brincadeira. Depois disso, o casal teria corrido em direção ao lago e longe dos olhos das amigas. Elas chegaram a esperar por Natália no portão do clube, que já estava fechando, pois achavam que o casal estava namorando.

Já outra testemunha revelou que viu os dois deitados brincando na grama do clube e Natália insinuou que iria morder Wendel. Depois, o casal correu na direção do lago. Wendel retornou sozinho e a testemunha perguntou sobre Natália. No entanto, o rapaz, que estava muito bêbado, disse que não sabia onde ela estava.

Ainda no depoimento, a jovem disse que procurou por Natália na beira do lago, mas que foi embora com outra amiga acreditando que a universitária também tivesse ido.

Advogada fala em descaso nas investigações

A advogada responsável pelo caso de Natália, Juliana Porcaro, não quer se pronunciar enquanto não examinar o laudo. A advogada entregou um outro celular de Natália para auxiliar nas investigações. A jurista ainda defende que houve falta de cuidado nas investigações da morte da jovem e chegou a fazer uma representação na Corregedoria da PCDF.