Todas as manhãs, o historiador Marco Antônio Villa comentava os fatos políticos no "Jornal da Manhã", que é veiculado na rádio Jovem Pan. Porém, o historiador foi afastado na última sexta-feira (24) por 30 dias. Depois desse fato, houve uma comoção nas redes sociais –principalmente no Twitter–, nas quais se especulou que Villa teria sido demitido a mando do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo Villa disse em entrevista à revista Veja, depois do programa da última sexta-feira (24), o vice-presidente da rádio, José Carlos Pereira, mandou uma mensagem para o jornalista dizendo que queria conversar com ele.
Quando chegou, José Carlos teria dito ao historiador que havia uma exigência do presidente da empresa, Tutinha, de que Villa não viesse trabalhar durante os próximos 30 dias. Marco Antônio destaca que já havia uma pressão a quase dois meses para esse afastamento e isso estava afetando a sua saúde. Villa não quis colocar culpa no presidente Bolsonaro sobre o seu afastamento, mas afirmou também não saber se vai voltar depois desses trinta dias de afastamento.
Explicações da radio Jovem Pan
Depois da repercussão das redes sociais, o diretor de jornalismo da rádio Jovem Pan, Felipe Moura Brasil, leu uma nota no programa "Pingos Nos Is", no qual a rádio nega a demissão de Villa. Na nota, a Jovem Pan disse ainda que teria dado férias ao comentarista, o que o historiador nega.
Felipe Moura Brasil, diretor de jornalismo da Jovem Pan, esclarece a situação de Marco Antonio Villa pic.twitter.com/CWtO1ck5zY
— Vinicius Carrion F. Pires (@viniciuscfp) 28 de maio de 2019
No comunicado, a rádio diz ainda que foi a primeira a incentivar o debate politico, contratando vários comentaristas com diferentes pontos de vistas e com liberdade total.
A Jovem Pan afirma também que incentiva o que chama de contrários e ainda diz que isso é essencial para uma real democracia, que é mostrado pela programação da própria rádio. A empresa afirma que nunca cedeu a nenhuma pressão de qualquer politico e nunca transformou a sua liberdade de expressão em “moeda de troca”. Frisou ainda que em nenhum momento o governo mandou crítica a algum comentário sobre alguém da empresa.
Segundo a emissora, sua credibilidade vem dos números de visualizações das suas redes sociais e não abre mão da orientação e amor pela verdade. Também esclarece que o mesmo respeito que pede ao público para ter em relação aos seus comentaristas, também exige dos seus colaboradores.
Vejam o vídeo que Marco Antônio Villa esclarece: