O cantor Lulu Santos gravou um vídeo convocando a população para participar da chamada Greve Nacional da Educação, que vai acontecer nesta quarta-feira (15). No vídeo, ele declara que entre a educação e qualquer coisa, fica com a educação.

Em apoio aos atos contra os cortes do Governo Bolsonaro nas universidades e institutos federais, Lulu Santos se posicionou contrário aos cortes realizados pelo MEC e chamou a população para participar das manifestações. No twitter da União da Juventude Socialista, eles compartilharam o vídeo do cantor, e, no post, eles disseram que os estudantes vão mostrar que com a educação não se brinca.

Os atos vão acontecer em repúdio ao corte de 30% feito pelo Ministério da Educação nas verbas destinadas às universidades e institutos federais. As mobilizações estão sendo organizado por estudantes, professores e profissionais da educação, juntamente com movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos.

A mobilização também tem como objetivo de posicionar contra o projeto de reforma da Previdência, que está em andamento na Câmara dos Deputados.

Greve Nacional da Educação

As manifestações vão acontecer em todas as capitais do Brasil, no dia 15 de maio. Entidades representativas da educação pública e privada vão aderir à paralisação.

Estudantes e professores vão cruzar os braços em protesto aos cortes de verbas, que foram anunciadas pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Após ao anúncio do ministro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CTNE) convocou a greve, e muitas pessoas e entidades passaram a aderir à paralisação.

“A adesão à greve nacional da educação, que já era considerável em todo o país, cresceu ainda mais depois que o governo anunciou o corte de investimentos na área, e está atraindo o apoio de pais, mães e alunos preocupados com os rumos do ensino público no Brasil”, diz o presidente da CNTE, Heleno Araújo.

Corte de 30% da educação

O corte feito no ministério da educação foi uma ordem feita pela área econômica do governo. O corte foi definido na ordem de R$ 30 bilhões, resultando no congelamento inicial de R$ 5,7 bilhões no MEC, atingindo desde da educação básica à pós-graduação.

De acordo com ministério da Educação, o corte foi linear, e o percentual de congelamento varia de acordo com a instituição.

A Universidade Federal de Juiz de Fora perdeu 12%, e isso representa R$ 28 milhões no orçamento. A Universidade de Brasília teve um corte de 15%, representando R$ 38 milhões.

A educação básica, que foi tida pelo governo como prioridade, também sofreu cortes. A área de pesquisa foi uma das principais atingidas, sofrendo o corte de R$ 819 milhões.