Nesta quarta-feira (8) Suzane Von Richthofen deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo. Ela recebeu o benefício conhecido por "saidinha" do Dia das Mães. O benefício temporário é concedido aos presos que estão no regime semiaberto, contudo, ele é dado apenas para aqueles que apresentaram bom comportamento.

Uma notícia que gera revolta em muita gente, no entanto, precisa ser esclarecida à população. Pode parecer uma afronta uma menina que foi condenada pelo assassinato dos pais poder deixar a prisão em datas comemorativas como o Dia das Mães ou o dos Pais, mas o direito de Suzane de receber o beneficio é garantido por lei.

Por mais que seja contraditório, a Justiça concede a saída do Dia das Mães e Dia dos Pais, Natal e Ano Novo para os presos que saíram do regime fechado para o semiaberto, por bom comportamento.

A revolta da população é compreensível, portanto, deve ser analisado com muito cuidado. O benefício é um direito adquirido para os presos que praticaram pequenos e grandes crimes, e que muitos deles são pais e mães e tem famílias. Suzane é uma exceção, e nem todos os presos cometeram o mesmo crime.

A mesma revolta foi gerada recentemente também com Alexandre Nardoni, que será beneficiado neste ano com a saída temporária para o Dia dos Pais. Alexandre foi condenado pelo assassinato da filha, Isabela Nardoni.

Ana Carolina Jatobá deixa cadeia antes de Suzane

Suzane deixou o presídio por volta das 8h15, acompanhada de algumas colegas que a ajudaram a sair rapidamente. Ela encontrou uma mulher e entrou em um carro branco. O retorno deve acontecer no dia 14 de maio. Antes de sua saída, uma outra detenta também recebeu o mesmo benefício.

Ana Carolina Jatobá, que foi condenada pelo assassinato da enteada Isabela Nardoni. Ana Carolina deixou a prisão antes de Suzane para o Dia das Mães.

Esta será a primeira saída do ano. Em dezembro Suzane perdeu o benéfico por conta ter sido pega em um casamento em Taubaté durante a saída de Natal. A punição seria perder três saídas temporárias.

No entanto, a 5ª Câmara de Direito Criminal do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) cancelou a punição por considerar que ela não infringiu a regra.

Crime

Suzane foi condenada em 2006 pelo assassinato dos pais. O crime foi cometido em 2002 pelo então namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian. Os pais de Suzane foram mortos a pauladas enquanto dormiam. Ela foi condenada por 39 anos de prisão, por ter planejado o assassinato.

Ela completou 16 anos de prisão nesta quarta-feira (8). Suzane conseguiu passar do regime fechado para o semiaberto em outubro de 2015. Ela recebeu o primeiro benefício de saída temporária na Páscoa de 2016.