Nesta sexta-feira (5) foram divulgadas pela revista Veja novas supostas conversas do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Um dos trechos apresenta uma conversa que teria acontecido no dia 7 de maio do ano de 2016, entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.

Nesta conversa, Moro teria afirmado a Dallagnol que o apresentador Fausto Silva, da Rede Globo, teria lhe dado conselhos.

De acordo com Moro, Faustão o teria cumprimentado pela sua atuação na Operação Lava Jato, porém, o apresentador que tem experiência de 28 anos na TV, aconselhou o ex-juiz a usar nas entrevistas uma linguagem mais simples, para facilitar o entendimento de todos.

Fausto Silva foi procurado pela revista Veja e confirmou tanto o encontro com Sergio Moro como também o conteúdo da conversa.

A revista Veja em parceria com o site The Intercept Brasil divulgou a troca de mensagens no aplicativo de mensagens ocorrida no dia 28 de abril de 2016 no aplicativo Telegram.

Dallagnol

Deltan Dallagnol, chefe de procuradores da força-tarefa em Curitiba, aparece em mensagem alertando a procuradora Laura Tessler que Sergio Moro teria lhe avisado sobre a falta de uma informação na acusação acerca da falta de informação sobre réu acusado de ser um dos principais operadores de propina no esquema de Corrupção da Petrobras.

O nome deste réu era Zwi Skornicki.

Eduardo Cunha

Em outro trecho de conversas divulgadas pela revista mostra mensagens supostamente enviadas em 12 de junho de 2017, em que o procurador Ronaldo Queiroz cria um grupo Telegram para avisar que o advogado de Eduardo Cunha teria lhe procurado para dar início a uma negociação de delação premiada.

A reportagem da revista revela também o trecho em que Dallagnol, no dia 13 de julho de 2015, comenta com colegas do MPF ter se encontrado com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ,Edson Fachin.

Nesta conversa, com duração de 45 minutos, segundo o próprio procurador, Fachin teria confirmado seu apoio ao procurador.

Na manhã de sexta-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, divulgou nota que rebate esta nova leva de supostas conversas em que seu nome é citado, além de outras pessoas envolvidas na Operação Lava Jato, que foram divulgadas pela revista Veja, em parceria com o The Intercept Brasil.

Moro além de não reconhecer a autenticidade deste material diz ainda que sempre foi e sempre será um defensor da liberdade de imprensa. Porém, repudia o que ele chamou de invasão criminosa de aparelhos celulares de agentes públicos com o intuito de invalidar condenações por corrupção ou para interromper a continuidade das investigações.

O ex-juiz fez duras críticas a este conteúdo divulgado, afirmando se tratar de mensagens obtidas por meios ilícitos e ele afirma ainda que podem ter sido adulteradas parcialmente ou em sua totalidade.