Um homem é suspeito de ter abusado de uma menina de cinco anos e oferecido um terreno e uma casa à mãe da vítima para que em troca ela retirasse a queixa na Polícia contra ele. O caso ocorreu na cidade de Cubatão, no litoral de São Paulo, e está sendo investigado pela Polícia Civil.
A tentativa de negociação, segundo a mãe da vítima, ocorreu por meio de trocas de mensagens pelo WhastsApp.
Nelas, o suspeito, que é primo da mãe da criança, teria dito que ela poderia ficar com a casa que ele está construindo: "poxa se vcs tira essa denúncia pode pegar meu barraco pra vcs (sic)". Ele teria prometido ainda sumir e nunca mais aparecer. Em outras mensagens, ele teria chegado a ameaçar a mulher caso ela não retirasse a queixa na polícia.
Entenda o caso
No dia 20 de maio, a comerciante Idamari da Silva, de 27 anos, que mora no bairro Vila Esperança, precisou sair para pagar contas e deixou a filha aos cuidados de sua prima, que é sua vizinha e reside com o suspeito, de 32 anos. O pouco tempo que ela seu ausentou foi o suficiente para que, segundo a comerciante, o abuso ocorresse.
Em entrevista ao portal G1, Idamari disse que, ao retornar, estranhou o fato da janela e a porta de sua casa, que estavam abertas quando saiu, estarem fechadas. A criança estava deitada enrolada em um lençol.
Nos dias que se seguiram, a criança começou a apresentar comportamento estranho, chegando a cortar o próprio cabelo e dizer que não queria ser mais ser mulher, porque isso era muito ruim. "Achei aquilo estranho, então fiquei mais de olho", disse Idamari.
As suspeitas de que algo pudesse ter ocorrido aumentaram quando, no dia 31 de maio, a menina passou a apresentar sangramento nas partes íntimas. Foi então que ela decidiu contar o que havia se passado quando ela havia ficado sozinha com o primo.
Segundo relato da menina, o rapaz a fez tirar a roupa e depois cometeu o abuso. Ela ainda tentou se proteger se enrolando no lençol, mas o ato foi consumado.
Depois de ouvir o relato da filha, a comerciante foi até a escola onde a menina estuda para buscar orientações de quais providências deveria tomar. Lá ela foi aconselhada a fazer uma queixa na polícia e realizar exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) da cidade.
Um boletim de ocorrência foi registrado no dia 3 de junho e a comerciante agora se queixa da demora para o caso ser esclarecido e teme que o suspeito possa fazer alguma coisa contra ela ou a filha. "Chegou até a me ameaçar, e a polícia demora para responder", reclamou Idamari, que alega que ele está na casa de parentes.
Ela disse ainda que chegou a conversar pessoalmente com o acusado, que negou o ato e ainda se dispôs a ir com ela até uma delegacia para esclarecer os fatos, mas no dia seguinte, alegando motivos de trabalho, disse que tinha que viajar até Minas Gerais e não mais retornou.