Dois homens morreram em decorrência da criptococose, conhecida como “Doença do Pombo”. Os casos aconteceram em Santos, no litoral de São Paulo, ao longo do último mês. De acordo com a prefeitura local, os protocolos de Saúde do município não obrigam que os caos seja notificado, mas pede que atitudes preventivas sejam tomadas pelas autoridades locais.

O primeiro dos homens a falecer foi o empresário José Wilson de Souza, ainda no dia 19 de julho. O cinegrafista Mauro Sérgio Gil Senhorães, por sua vez, faleceu no dia 23 do mesmo mês. Os dois ficaram internados por um período de 4 meses, em locais diferentes.

Antes de contraírem a doença, ambos eram pessoas saudáveis e de vida bastante ativa, de acordo com informações fornecidas pelas famílias de ambos.

A respeito dos sintomas apresentados por eles, é possível destacar que eram bastante semelhantes: tanto o empresário quanto o cinegrafista sentiam intensas dores de cabeça, febra e tontura. Além disso, também apresentaram falta de ar e cansaço.

Devido aos sintomas da doença, é possível que algumas pessoas, depois de contrai-la, se confundam e pensam que se trata apenas de uma gripe forte. Entretanto, é preciso ficar atento aos riscos: ao final do período de internação de José e Mauro, ambos os quadros se agravaram e José chegou a ficar em coma.

Saiba mais sobre a doença

A respeito da “Doença do Pombo”, é possível destacar que a infecção em questão é causada por fungos. Esses fungos, por sua vez, se reproduzem nas fezes dos pombos, mas também podem ser encontrados em árvores ocas.

Eles são capazes de se espalhar pelo ar e o risco de contágio da doença se torna maior em ambientes fechados que tenham servido de abrigo para os animais responsáveis pela transmissão.

A respeito da doença, a infectologista Rosana Richtmann afirmou em entrevista ao programa "Encontro", da Rede Globo, que o fato de que os pombos se reproduzirem rapidamente torna os meios de controle criptococose muito difíceis.

De acordo com Richtmann, as fezes secas desses animais, quando espalhadas pelo vento, podem ser inaladas pelas pessoas, vindo a causar a doença.

Portanto, como maneira de prevenção, deve- se evitar o contato direto com pombos e também com lugares que com concentração dessas aves.

A respeito dos casos de Santos, a Secretaria de Saúde do município afirmou que a doença não é de notificação obrigatória. Devido a isso, não existem dados a respeito de mais casos. Porém, as autoridades locais afirmaram que estão realizando o procedimento necessário para o controle das pragas urbanas.

Além disso, a prefeitura também destacou que algumas áreas e imóveis que contam com concentração de pombos podem solicitar fiscalização por meio do telefone 162 e de outros canais da prefeitura.