O local escolhido pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PSL), para selar a paz com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi em uma cerimônia realizada no Planalto, nesta última quinta-feira (29).
A cerimônia tinha por objetivo promover o lançamento do projeto-piloto de combate a crimes violentos, projeto este que está sob a responsabilidade do ministério comandado por Sergio Moro.
No evento, o ex-juiz foi chamado pelo presidente de "patrimônio nacional", quando o líder do Executivo falava sobre a iniciativa, batizada de "Em frente, Brasil".
"— Se Deus quiser, vai dar certo esse plano piloto montado pelo Ministério da Justiça, tendo à frente Sergio Moro, que é um patrimônio nacional", disse Bolsonaro.
Na plateia estavam presentes ministros e parlamentares, em sua maioria, aliados do Governo, que receberam com aplausos entusiasmados o discurso de Jair Bolsonaro. "Obrigado, Sergio Moro. Vossa senhoria abriu mão de 22 anos de magistratura para não entrar em uma aventura, mas, sim, na certeza de que todos nós juntos, poderemos, sim, fazer o melhor para nossa pátria", discursou o presidente.
A cerimônia teve direito até a descida na rampa pelo ministro e o presidente, que juntos, pararam no meio do caminho para posar para fotos.
"Melhor ministro da Justiça"
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também foi mais um a elogiar o ex-juiz da Operação Lava-Jato, "melhor ministro da Justiça que o Brasil já teve", opinou Lorenzoni.
O titular da Casa Civil relembrou quando Moro era juiz federal e definiu como "clamor das ruas", a ida de Sergio Moro para o comando do ministério da Justiça e Segurança Pública.
Na noite de quinta-feira, em sua Live semanal do Facebook, Bolsonaro voltou a repetir que não tem nenhum problema com Moro.
O presidente ainda ressaltou que, em sua opinião, Sergio Moro faz um excelente trabalho como ministro.
Jair Bolsonaro ainda disse que, vez ou outra, existe um atrito com Moro, e o parabenizou pelo projeto de combate à corrupção e crimes violentos.
Na semana passada Moro sofreu vários revezes em sua relação com Bolsonaro, o presidente havia ameaçado trocar o diretor geral da Polícia Federal (PF), a instituição é subordinada ao ministério da Justiça e Segurança Pública. Bolsonaro ainda disse que é ele quem manda e não Sergio Moro.
Além de ter sido desautorizado publicamente, Sergio Moro teve que enfrentar a insatisfação de policiais federais que se queixaram que o ministro não saiu em defesa da PF, contra as ingerências que a instituição tem sofrido por parte do presidente da República, ingerências que foram questionadas ética e legalmente.
Além de homenagear Moro, Bolsonaro no evento ainda falou sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e também sobre a importância da família que disse ser a base da sociedade.