Miguel Pietro nasceu na quarta-feira (27) no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), no Distrito Federal. O recém-nascido logo se tornou vítima de Daiane Fonseca dos Santos de 23 anos, que sequestrou o bebê na primeira oportunidade que teve as 3h da manhã desta quinta-feira (28).

Após ser pega em flagrante a estudante de fonoaudiologia alegou que estava abalada, pois havia sofrido um aborto espontâneo há cerca de três meses e que praticou o crime para não decepcionar o namorado.

A estudante foi presa, nesta quinta-feira (28), as 09h30 e prestou depoimento na Delegacia de Repressão a Sequestros.

As informações são do delegado Luiz Henrique Sampaio que está trabalhando no caso.

Crime premeditado

De acordo com as investigações, Daiane Santos passou aproximadamente 12 horas circulando no hospital antes de cometer o crime. Com base nas investigações o crime foi cometido de forma premeditada e que esse tempo foi o suficiente para que ela estudasse o local.

Segundo o delegado Luiz Sampaio, Daiane tinha acesso ao hospital por ser estudante de fonoaudiologia o que permitia que ela usasse inclusive jaleco branco. Foi se apresentando como enfermeira que ela conseguiu pegar a criança. Também foi informado que a mesma teria estudado o local do sequestro por pelo menos três vezes.

Todas que estavam internadas na maternidade do HRT confirmaram o reconhecimento de Daiane e acrescentaram que a sequestradora fazia perguntas e tentava manter relação para obter confiança das mães, de modo que, na primeira oportunidade conseguiu na madrugada pegar o pequeno Miguel.

O crime aconteceu por volta das 3h da manhã desta quinta-feira, mas por volta das 9h30 foi encontrado no Hospital Regional de Ceilândia.

Simulação do parto em casa

Após pegar a criança, Daiane levou o bebê pra casa e simulou um parto, em seguida a família questionou a gravidez de Daiane que alegou está usando cinta para esconder a gravidez.

Isso despertou a desconfiança dos familiares que resolveram chamar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência que a encaminhou para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

As informações da Polícia afirmam que o banheiro da residência estava cheio de sangue e de panos sujos. O SAMU desconfiou da história, pois a criança já havia tomado vacina.

Em nota, o HRT informou que o alerta enviado à rede pública possibilitou que o HRC acionasse as autoridades competentes, justamente, por desconfiar da criança que havia chegado ao hospital, os profissionais constataram que o menor já havia passado por cuidados médicos e que já havia tomado à vacina BCG. No momento, a criança está recebendo os cuidados necessários junto com a mãe no Hospital de Ceilândia.