Um elevador despencou do 9º andar de um edifício em Santos (SP) e matou quatro pessoas da mesma família por volta das 20h de segunda-feira (30).
O acidente, cujas causas ainda estão sendo apuradas, aconteceu na rua Guararapes, bairro da Vila Belmiro, no prédio Tiffany, pertencente ao governo federal e que abriga militares e seus familiares que trabalham na Capitânia dos Portos do Estado de São Paulo (CPSP), da Marinha do Brasil. Faleceram a esposa e mais três familiares de um subtenente que serve no CPSP. Os corpos foram retirados na madrugada do dia 31.
Segundo informações da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, as vítimas estavam no elevador de serviço. Pegaram o elevador no térreo e se dirigiam ao apartamento no último andar do prédio. Um inquérito policial-militar foi aberto para apurar o ocorrido.
Um engenheiro da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Edificações também esteve no local, acompanhado de técnicos da empresa de manutenção de elevadores do prédio, para as apurações das possíveis causas ou causa da queda da cabine.
A Ouvidoria municipal informou que não havia nenhum registro de denúncia ou ocorrência de irregularidades nesse edifício. A documentação da manutenção do elevador estava em dia e foi apresentada à Polícia. Segundo o Vice-Almirante Sérgio Fernando do Amaral, a última visita da equipe da empresa aconteceu dia 23 de dezembro.
As vítimas
Além da esposa do oficial da Marinha, Jucelina Santos, de 47 anos, faleceram também a irmã dela, Lucineide de Souza Goes, o cunhado Edilson Donizete, e um sobrinho adolescente, Eric Miguel, 19 anos, jogador de futebol, filho de Lucineide e Edilson.
O militar e a esposa moravam no prédio há três anos, e os visitantes iriam passar as festas de final de ano na cidade.
Jucelina havia descido para receber os familiares no térreo.
O edifício Tiffany foi inaugurado em 1998 e possui 54 apartamentos em nove andares, com dois elevadores --um social e outro de serviço.
Mais casos
O Brasil tem registrado um número crescente de acidentes com elevadores, muitos deles resultando em mortes. Levantamento feito pelo Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo (Seciesp) comprovou que graves acidentes foram registrados nos primeiros sete meses deste ano.
Foi divulgado pela imprensa pelo menos um caso por semana, ainda segundo o sindicato. Esses números apontaram um total de oito mortes, sem contar esse recente caso de Santos.
Mais de uma vítima fatal por mês. Ocorreram acidentes graves em Salvador, Fortaleza, Rio de Janeiro, e Santa Catarina. O Sindicato recomenda que toda manutenção seja feita por empresas credenciadas no Conselho Regional de Engenharia (Crea).