Após um homem permanecer na fila para regularizar a situação do CPF, ele emocionou muitas pessoas ao dizer que precisaria do benefício dado pelo governo no valor de R$ 600 pelo fato de não estar conseguindo trabalhar nesse momento de paralisação das atividades profissionais em decorrência ao novo coronavírus. O caso foi registrado no estado do Rio de Janeiro, nesta última quarta-feira (15), durante uma entrevista concedida ao "Bom Dia Rio", de Rede Globo.

Na fila, o homem, identificado como Raimundo Nonato, de 56 anos, comentou que estava passando por dificuldades financeiras e que estava na fila para regularizar a situação do CPF para que pudesse receber o auxílio disponibilizado pelo governo no valor de R$ 600.

“Sou pequeno empreiteiro, eu tenho seis pessoas que trabalham comigo e estão no sofrimento, entendeu? Eu estou numa situação tão difícil. Eu já estou até chorando. Eu sou muito sensível”, disse Raimundo.

Pelo fato da entrevista ser ao vivo, muitas pessoas que acompanhavam ficaram emocionadas e foram até o mestre de obras para contribuir de alguma forma. Uma ajuda bastante inusitada veio de um policial militar, que se comoveu com a história do mestre de obras e levou comida a ele e também para as demais pessoas que estavam na fila.

Raimundo também chegou a contar no final da entrevista que ajuda sua filha que está cursando medicina. Pelo fato de ser faculdade pública, a filha do mestre de obras não paga mensalidade, mas paga pelos materiais, tendo como exemplo: livros e apostilas.

Pelo fato do material ser caro, Raimundo disse que, às vezes, precisa pagar parcelado.

Auxílio do governo

Mediante aos problemas gerados pelo novo coronavírus, muitos trabalhadores informais estão sendo afetados diretamente, onde alguns não estão conseguindo pagar as contas mensais pelo fato de não haver tanta demanda de serviços nesse período de quarentena imposta pelo Ministério da Saúde.

Por isso, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), sancionou recentemente uma lei que irá beneficiar parte desses profissionais. O benefício será de R$ 600 mensais, por três meses, podendo chegar a R$ 1.200 no caso de mulheres que são chefes de família. De acordo com Bolsonaro, esse auxílio trará uma ajuda para as pessoas que trabalham de forma autônoma e que não estão conseguindo se manter nesse período de paralisação das atividades profissionais.