A Miss Mato Grosso 2019, Ingrid Santin, foi perseguida e abusada por um homem desconhecido que estava em uma moto em pleno trânsito no último domingo (26). O caso aconteceu em Rondonópolis, cidade que fica a 2018 quilômetros de Cuiabá. Nesta terça-feira (28), o suspeito foi detido pela Polícia.
A Miss contou ao portal G1 que estava pilotando sua moto a caminho da casa de sua irmã, quando desde a avenida Júlio Campos notou que estava sendo perseguida por outro motociclista. De início, ela chegou a imaginar que seria vítima de um assalto e passou a tentar se desencilhar de seu perseguidor.
Ela disse que tentou acelerar sua moto, porém em sua frente havia uma caminhonete que estava mais rápida e não teria como ela ultrapassá-la. Foi nesse momento que o suspeito emparelhou sua moto com a dela, esticou o braço e passou a mão em suas partes íntimas. “Ele colocou a mão no meio das minhas pernas e apalpou as minhas partes íntimas”, disse Ingrid.
Ingrid relatou que ficou desesperada e na tentativa de escapar começou a gritar e buzinar para tentar chamar atenção e pedir ajuda. Nesse momento, o suspeito passou na sua frente e entrou em outra rua.
Ela falou ainda que o suspeito estava com a viseira aberta e que a imagem de seu rosto não lhe sai da cabeça. “No momento vem um turbilhão de emoções”.
Suspeito é identificado e preso
Para azar do motoqueiro, câmeras de segurança flagraram o momento em que ele persegue a moto da Miss e isso facilitou o trabalho das autoridades em identificá-lo, mesmo ele estando usando capacete.
Segundo informações passadas pela Polícia Militar o suspeito foi preso em sua casa, no residencial Juscelino Faria.
Ele foi detido sob a acusação de importunação sexual e também foram apreendidos a moto, capacetes além das roupas usadas por ele no dia do crime.
O homem, que não teve o nome revelado, já tinha registrado contra ele boletins de ocorrência pelos crimes de ato obsceno e importunação sexual que teriam sido cometidos entre 2015 e 2020.
Ingrid reclamou de descaso
Na segunda-feira (27), Ingrid se dirigiu até a Delegacia Especializada da Mulher em Rondonópolis (DEDM) para registrar boletim de ocorrência, porém ela se queixou do que considerou um descaso das autoridades.
Segundo ela, enquanto era feito o registro, um policial a questionou se ela havia anotado a placa da moto do suspeito. Com a negativa de Ingrid, ele que o boletim não poderia ser feito, pois não serviria para nada e também não daria para ir atrás do suspeito.
Em nota, a Polícia Civil disse que os policiais tentam recolher o maior número de informações possíveis e o fato da vítima não ter anotado a placa da moto não seria um problema para registrar a ocorrência e que haverá uma apuração para descobrir se houve algum tipo de falta de disciplina por parte do servidor na hora de prestar atendimento à vítima.