O Brasil superou pela quinta vez a marca de mais de 1.000 mortos em 24h causados pelo coronavírus. Desta vez foram 1.039 óbitos num curto espaço de tempo. O total de mortes chegou a 24.549 e os recuperados somam 158.593. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na noite de terça-feira (26).
Ocorreu elevação também no número de casos confirmados: de 374.898 para 391.222, totalizando 16.324 novos registros. Ainda existem 3.882 óbitos em avaliação para se determinar se foram realmente causados pelo novo vírus.
Brasil sobe no ranking
Agora o Brasil ocupa o trágico ranking de sexto colocado em número de mortos no mundo, entre os países mais afetados.
Na frente de nosso país estão os EUA (98 mil), Reino Unido (37 mil), Itália (32 mil), França (28 mil) e Espanha (27 mil).
Em termos de infecções, o Brasil é o segundo do mundo --374 mil casos--, perdendo apenas para os EUA.
O epicentro da doença no território nacional continua sendo a cidade de São Paulo, com 6.423 mortes --203 nas últimas 24h e 86.017 casos confirmados. Os demais estados com números expressivos são: Rio de Janeiro (4.361), Ceará (2.603), Pernambuco (2.328) e Pará (2.469).
No Rio Grande do Sul o vírus está avançando e já supera 200 mortes --6 nas últimas 24h.
Governo federal x estados
Enquanto os números crescem, o governo federal trava uma batalha ideológica contra governadores e prefeitos.
A alegação do presidente da República e parte de seus ministros é que são exageradas as medidas de isolamento social promovidas em boa parte do Brasil. Entretanto, os ministérios federais também estão quase paralisados em Brasília, com a metade dos servidores trabalhando em casa, sob determinação do governo.
Mídia internacional critica Brasil
A crise sanitária nacional e as divergências entre os governos estaduais e o federal viraram notícia no mundo. Os principais jornais internacionais têm criticado o governo Bolsonaro por não estar tendo uma resposta rápida para a crise, e ao contrário, estaria ajudando a agravá-la.
Em menos de dois meses, o Ministério da Saúde trocou duas vezes de comando.
Luiz Henrique Mandetta foi demitido e Nelson Teich pediu demissão. Ambos médicos, tinham divergências técnicas com o presidente Bolsonaro, que tem minimizado a crise e inclusive defende um medicamento --cloroquina-- como um remédio contra o vírus, apesar das pesquisas científicas não afirmarem isso. A própria Sociedade Brasileira de infectologia não defende seu uso. As pressões do presidente, entretanto, fizeram com que o Ministério da Saúde liberasse o medicamento no SUS para pacientes com sintomas leves. O novo ministro agora é o general do Exército, Eduardo Pazuello.