Por conta do avanço do novo coronavírus no Brasil, a Prefeitura de São Paulo irá fechar ruas e avenidas para tentar manter a população mais restrita. O intuito, de acordo com informações do próprio prefeito Bruno Covas, é fazer com que pessoas deixem de ir às ruas e permaneçam dentro da casa para evitar exposição ao vírus.

Essa medida está sendo realizada após entidades governamentais paulistas perceberem que durante esse momento de quarentena, muitas pessoas continuam descumprindo medidas de isolamento social e frequentam pequenos comércios que permanecem abertos.

Com essa nova restrição, ônibus irão continuar circulando normalmente em São Paulo, mas os carros particulares irão ter apenas uma faixa nas vias expressas e em rodovias de grande acesso. O estreitamento dos caminhos é uma maneira que a prefeitura encontrou para controlar o ir e vir da população paulista.

Os transportes públicos, que ainda chegam a transportar por volta de 3 milhões de pessoas diariamente na capital, vão ganhar alguns adesivos de alerta referente ao coronavírus. Se algum passageiro embarcar sem o uso da máscara cirúrgica, o motorista não irá seguir viagem. Pessoas que não tiverem o item de segurança também poderão ser multadas.

Bruno Covas defende o fechamento do comércio

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) defendeu o fechamento de comércios para o bem da saúde da população.

"Muitas pessoas continuam não acreditando na importância do isolamento social imposto por entidades governamentais. Acham que é uma questão, uma disputa entre saúde e até mesmo de economia. Na verdade, o bem mais importante a ser tutelado, a ser preservado, é a vida das pessoas. Não haverá comércios a serem reabertos se não houverem clientes vivos para poder comprar.", comentou Bruno Covas durante uma entrevista realizada no dia 27 de março.

Durante a videoconferência, o prefeito comentou a importância da colaboração de toda a população paulista nesse período de pandemia do novo coronavírus, mas não informou até quando que essas medidas extremas irão permanecer.

São Paulo e coronavírus

Informações do próprio Ministério da Saúde aponta que a pandemia está afetando mais o estado de São Paulo.

De acordo com últimos dados apresentados, foram registrados cerca de 2.586 óbitos e 31.174 pessoas que foram diagnosticadas com o contágio do coronavírus.

Diante disso, São Paulo está liderando o ranking dos estados mais afetados com o coronavírus. Desde os primeiros casos da doença, entidades governamentais paulistas tomaram decisões extremas para que a doença não continuasse avançando, mas isso não foi o suficiente para evitar que mortes pudessem ser registradas diariamente.

Problemas em todo o Brasil

Em meio a paralisação das atividades profissionais por conta do coronavírus, muitas famílias estão tendo dificuldades financeiras para se manter nessa quarentena. Tendo em vista que muitas pessoas perderam seus respectivos empregos ou até mesmo tiveram parte dos seus salários reduzidos, famílias não estão conseguindo comprar itens básicos para a prevenção da doença, tendo o álcool em gel e máscaras cirúrgicas como exemplo.

Especialistas apontam que esse e outros problemas irão permanecer até que o vírus seja controlado por meio de vacinas ou até mesmo por medicamentos.

Período para acabar

O atual ministro da Saúde, Nelson Teich, participou de algumas coletivas de imprensa nesses últimos dias, onde afirmou que ainda não existe uma data determinada para retornar as atividades profissionais. De acordo com palavras ditas pelo próprio ministro, o vírus ainda está presente na maioria das regiões brasileiras, e pelo fato de ainda não haver um método eficaz, a quarentena é uma das opões mais coerentes para se evitar o contágio do coronavírus.