Uma vendedora ambulante do bairro do Alto da Teresinha, subúrbio ferroviário de Salvador, expôs as dificuldades que vem sofrendo após não conseguir trabalhar por conta da paralisação das atividades profissionais em razão do novo coronavírus. Identificada como Maria dos Santos, conhecida como Maria da Bala, ela informou os problemas sofridos para a equipe do G1.

A vendedora de balas informou que não está conseguindo sacar o auxílio emergencial no valor de R$ 600 pelo fato de o site estar dando como se tivesse o cadastro único. Ela afirmou que tenta fazer o cadastro, mas como ela está inserida no CadÚnico, e não possui conta em banco, nem é beneficiária do Bolsa Família, está encontrando dificuldades para receber o auxílio.

"Eu tento fazer esse cadastro, aí aparece o cadastro único do Governo Federal, mas sem saber, eu não recebo Bolsa Família, eu não tenho conta em banco e todas as vezes que eu vou na Caixa, eles mandam eu tentar pelo aplicativo, mas no aplicativo não está dando resultado, está dando como se tivesse o cadastro único”, disse.

Mãe de uma criança de 1 ano, ela relata que parte dos alimentos de sua filha estão em falta. Maria da Bala informou que sua filha a chama para fazer seu alimento, mas fica inviável, tendo em vista que o alimento pedido pela criança está em falta. ''Infelizmente não tem como eu fazer isso e isso me dá uma tristeza. Dói ver nossos filhos pedindo aquilo que a gente não pode ter”, comentou a vendedora ambulante.

Além do alimento da sua filha, a ambulante ainda informou que não tem alimentos básicos para se alimentar,

Auxílio emergencial

O benefício está sendo disponibilizado para algumas pessoas que exercem funções autônomas. O auxílio emergencial esta sendo disponibilizado mensalmente. O intuito, de acordo com informações, é ajudar esses trabalhadores que não estão conseguindo exercer suas respectivas funções por conta da pandemia do novo coronavírus.

O valor do benefício é de R$ 600, mas esse valor poderá ter um aumento de até R$ 1.200 para mulheres chefes de família.

O governo não informou quantas pessoas irão ser beneficiadas, mas informações apontam que já foram retirados mais de R$ 35 bilhões dos cofres públicos para ajudar esses trabalhadores. A demora para aprovação está acontecendo por conta de muitas pessoas estarem solicitando o auxílio sem ter direito ao benefício.