Na noite do último sábado (27), delegados revelaram em uma coletiva de imprensa a nova versão de Alexandra Dougokenski, onde ela teria admitido que matou seu filho de 11 anos, Rafael Mateus Winques, com uma corda de varal.

O caso

Rafael Winques de 11 anos foi assassinado no mês passado. Inicialmente, Alexandra afirmou que teria dado comprimidos de Diazepan, medicação controlada, para seu filho dormir.

De acordo com seu depoimento, o menino teria ficado roxo e gelado durante a madrugada e, quando percebeu, ele já estava sem vida. Em um momento de desespero, a mãe teria tentado carregar o corpo do filho. Alexandra afirmou que não conseguiu retirar o menino no colo e usou uma corda para amarrar o menino pelo pescoço, com o objetivo de facilitar a remoção do corpo.

O corpo teria sido arrastado até a garagem de um vizinho, que fica a 5 metros da residência dela. Ela teria deixado o menino dentro de uma caixa de papelão e voltado para casa.

Alexandra ludibriou as equipes policiais e investigativas por quase 15 dias, até que declarou o local em que o corpo de Rafael estava.

Segundo ela, seu filho mais velho sentia muita falta do irmão e, para evitar seu sofrimento, ela contou a verdade.

Após mostrar o local onde havia deixado o corpo de Rafael, Alexandra foi presa e encaminhada ao presídio de Guaíba.

Nova versão

Na tarde deste sábado (27), Alexandra Dougokenski, que sustentava a versão de ter matado o filho sem querer, mudou seu depoimento. Segundo a Polícia, a mãe admitiu que usou uma corda de varal para asfixiar o filho.

Em seu novo depoimento, Alexandra relatou que na noite de 15 de maio, por volta da meia-noite, deu dois comprimidos para Rafael, após tê-lo repreendido por passar as noites no celular.

Alexandra teria ido dormir e acordado por volta das 2h, quando foi até o quarto de Rafael.

Segundo ela, o garoto estava acordado mesmo após ingerir dois comprimidos de diazepan, e foi neste momento que ela teria perdido o controle.

Ao perceber que Rafael ainda estava acordado e descumprindo as suas ordens, Alexandra foi até a área de serviço, onde pegou a corda. Em seguida ela voltou ao quarto do garoto para asfixiá-lo. O garoto se debateu e caiu no chão lesionando à costela, informação que foi confirmada pela autópsia.

Após a queda de Rafael, Alexandra teria deixado o filho sozinho, enquanto ele se debatia asfixiando. Um tempo depois ela volta ao quarto do garoto e percebe que ele morreu. Neste momento, ela vai até seu quarto onde pega uma sacola para cobrir o rosto do menino. Em seguida pega o corpo de Rafael no colo e o transporta para a casa vizinha, onde ela sabia que tinha uma caixa.

Perfil psicológico

Durante a coletiva de imprensa, os delegados responsáveis pelo caso falaram sobre o perfil psicológico de Alexandra. De acordo com as informações, Alexandra é uma pessoa metódica, perfeccionista e controladora, que gosta de dominar a situação não só com os filhos, mas também com as pessoas de convívio dela. Uma situação extrema é criada todas as vezes que as coisas saem de seu controle.

Resolução

Com a confissão, a polícia consegue finalmente compreender o crime. A participação de uma terceira pessoa já foi descartada.

Segundo o delegado, Alexandra será indiciada por homicídio culposo. Alexandra segue com a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul.