Alexandra Dougokenski, mãe de Rafael Winques, está sob prisão preventiva no estado do Rio Grande do Sul, suspeita do assassinato do filho de 11 anos.

Rafael havia desaparecido no dia 15 de maio de 2020. No dia 25 de maio, Alexandra foi presa após confessar o crime. O corpo de Rafael foi encontrado em uma casa abandonada, localizada na cidade de Planalto (RS), região onde a família residia.

No dia 26 de maio, a Polícia Civil relatou em uma coletiva de imprensa que a motivação do crime ainda estava sendo investigada.

A RBS TV apresentou partes do depoimento da mãe de Rafael à polícia.

O crime

Segundo relato de Alexandra no depoimento, ela teria dado dois comprimidos de Diazepam (remédio controlado) para o menino dormir, na noite de 14 de maio. Durante a madrugada, segundo a mãe, Rafael teria ficado com a boca roxa e as mãos geladas.

Ao perceber que não conseguiria carregar o corpo de seu filho, Alexandra teria usado uma corda para amarrar Rafael e retirá-lo do quarto.

Alexandra arrastou o corpo do menino até casa de um vizinho próximo, uma distância de cerca de 5 metros, e colocou o corpo deitado dentro de uma caixa de papelão que estava na garagem. Ela relatou que não lembra se botou ele no fundo da caixa, porém retirou objetos da mesma, antes de arrumar o corpo. A mãe nega a participação de outras pessoas no crime.

Questionada sobre a confissão, Alexandra diz que decidiu contar toda a verdade por conta do filho de 17 anos, que sentiria muita falta do irmão. A decisão foi para proteger seu filho mais velho do sofrimento, segundo ela.

Defesa

Neste sábado (27), a ré prestará novo depoimento. Os advogados lutam pelo homicídio culposo (sem intenção de matar) e defendem que ela só retirou o corpo de Rafael da casa onde moravam, para que o irmão não presenciasse aquela situação.

Segundo o advogado Gustavo Nagelstein, Alexandra ficou sem reação ao perceber que o filho tinha falecido e teria entrado em desespero e omitido o crime, ludibriando a equipe policial por dias a fio.

Ao contrário dos advogados de defesa, que acreditam que o garoto morreu algumas horas após ingerir a medicação, a polícia defende homicídio doloso (com intenção de matar) e que ela teria matado o filho com a corda.

O delegado do caso, Joerberth Pinto Nunes, afirma que a mãe planejou o crime.

Alexandra está presa no presídio feminino de Guaíba (RS). No momento em que admitiu o crime e levou os policiais ao local do corpo, foi decretada a prisão temporária. Nesta semana a prisão preventiva foi prorrogada por mais trinta dias.