Um bebê de apenas 1 ano morreu afogado na piscina da própria casa, em Planaltina no estado de Goiás. O pai da criança afirma que pouco antes da tragédia ele foi detido sem explicações por policiais em sua residência, e seus filhos, que estavam sob seus cuidados, foram deixados sozinhos na casa. Além de Miguel, o casal tinha mais dois filhos, um de 3 e outro de 6 anos. A mãe do menino estava no supermercado durante o ocorrido.
Jonas conta que os filhos estavam assistindo televisão em um quarto localizado na entrada da casa e, ao se dirigir ao portão para buscar uma vassoura, foi algemado e levado.
O pai, que foi levado para um reconhecimento por suspeita de roubo, não foi identificado pela vítima e recebeu a notícia da morte de seu filho caçula na própria delegacia.
O menino Miguel Tayler Pereira chegou a ser encaminhado para atendimento médico, porém não resistiu e morreu.
Versão da polícia
De acordo com a Polícia Militar, as informações fornecidas pelo pai do bebê não são verídicas. Em nota, eles confirmaram a prisão de Jonas por suspeita de roubo, porém afirmam que existiam adultos na casa, incluindo a esposa, irmã e cunhado.
A polícia declarou que nada ficará sem esclarecimentos e que serão feitas todas as apurações de forma correta para que não existam dúvidas sobre a conduta policial.
Declarações da mãe
A mãe do menino Miguel e esposa de Jonas, Raifra da Silva, confirmou a versão do marido, reforçando que estava no supermercado.
Raifra afirma que quando voltou para casa e viu seu filho na piscina, tentou salvar a sua vida. Ela conta que pulou na água, pegou ele pelos pés e saiu correndo com ele nos braços em direção ao portão da casa. A mãe pede justiça, afirmando que foi uma dor terrível, que seu mundo desabou e que a morte do filho não pode ficar impune.
Declarações do delegado
O delegado responsável pelo caso, Antônio Humberto Soares, declarou que, além da morte do menino, a conduta dos policiais durante a prisão também será investigada.
Um inquérito policial já foi aberto por determinação de Antônio para que as apurações necessárias sejam realizadas, e que todo o processo que levou a morte do bebê Miguel seja esclarecido.
De acordo com o delegado, algumas testemunhas já foram intimadas e alguns policiais também prestarão depoimento, garantindo que o caso terá toda a atenção e empenho por parte da delegacia.
Durante a operação, quatro homens foram presos, Jonas foi o único liberado logo em seguida. Após análise do caso, constatou-se que não havia provas que justificassem a prisão dele.
Com duas versões diferentes, ainda não é possível identificar de que forma ocorreu a morte do menino Miguel. Existem muitas perguntas, porém poucas respostas.