Um crime brutal tirou a vida de um jovem de 21 anos na cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. O crime ocorreu na madrugada do último domingo (12), quando Guilherme de Souza voltava para casa e foi abordado por dois adolescentes, de 14 e 16 anos.

Mãe desabafa sobre morte do filho

A mãe de Guilherme deu uma entrevista à TV Bahia, onde revelou que o filho era uma pessoa boa e alegre, que brincava com todas as pessoas. Franciane de Souza contou que jamais em sua vida pensou que acordaria com uma notícia dessas.

A mulher contou que toda mãe imagina que um dia o filho possa chegar em casa e dizer que apanhou ou coisa parecida por ser homossexual, e que ela sempre se preocupa com isso, mas que jamais imaginou que alguém pudesse matar seu filho daquela forma, pelo fato dele ser homossexual.

"A gente sempre se preocupa, a mãe sempre se preocupa com isso. Mas jamais na minha vida eu ia pensar que iam matar meu filho daquela forma, daquele jeito, por ele ser homossexual”, disse. Emocionada, a mulher disse que o rapaz deve ter chamado por ela, ter pedido socorro e ninguém fez nada por ele.

Adolescente matou Guilherme por ser homossexual

O adolescente que apedrejou e queimou Guilherme foi apreendido pela Polícia pouco tempo depois do crime e confessou ter matado a vítima. No primeiro momento, o rapaz contou que tinha tido uma discussão com a vítima, onde ele teria xingado a sua mãe.

O delegado Rivaldo Luz, responsável pelas investigações contou que o adolescente demonstrou muita frieza durante o seu depoimento.

O policial contou que o rapaz confessou o crime e contou que Guilherme tinha assediado-o uma semana antes do crime e que por isso tinha resolvido que ia matá-lo.

O adolescente disse que depois de uma semana encontrou com o jovem quando estava acompanhado de outro amigo e que agrediu Guilherme com um chute, jogando-o no chão. O menino contou que usou uma pedra para bater três vezes na cabeça da vítima e, quando ela desmaiou, arrastou-a para uma casa abandonada que possuía um colchão velho.

O delegado contou que o adolescente colocou fogo na vítima e esperou o corpo ser carbonizado por completo, demonstrando uma pessoa totalmente fria. O policial contou que o rapaz cometeu o crime de forma tranquila e não demonstra nenhum tipo de arrependimento.

Omissão de socorro à vítima

O delegado contou que está tentando identificar algumas pessoas que viram Guilherme ser agredido na rua e não prestaram socorro, nem mesmo chamaram a polícia.

Essas pessoas correram quando viram o rapaz ser violentamente agredido na rua escura e podem responder criminalmente por omissão de socorro.

O outro adolescente de 16 anos se apresentou ao delegado e negou que tenha ateado fogo na vítima, mas por ter participado da agressão física, também deve responder pelo crime. Os dois foram apreendidos de forma provisória e ficarão à disposição da Justiça e podem ficar por até 3 anos cumprindo medidas socioeducativas.