O médico oaquim Inácio de Melo Júnior, que defendeu publicamente o uso de vermífugo no tratamento para a doença causada pelo novo coronavírus, está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Anis Rassi, em Goiânia.
Entrevista
Na semana passada, Joaquim concedeu uma entrevista para a TV Serra Dourada, afiliada do SBT em Goiânia, onde informou que testou positivo para contaminação por coronavírus. O médico-cirurgião, que estava contaminado há oito dias, afirmou que estava usando a ivermectina no tratamento para covid-19 e que sua quarentena acabaria no domingo (12).
Durante a entrevista, o médico afirmou que estava usando a ivermectina e mostrou que estava bem de maneira irônica dando tapas no próprio rosto. Ele disse que defendia o tratamento há muito tempo e era voz solitária em meio à pandemia, e agradeceu ao grupo de médicos formado em Goiânia que acredita no tratamento.
Na sexta-feira (10), o quadro de Saúde do médico piorou. Dois dias antes de encerrar o período de isolamento obrigatório, ele foi internado no Hospital Anis Rassi.
Médicos goianos
Um grupo formado por médicos em Goiânia do qual Joaquim faz parte defende o uso da ivermectina como tratamento preventivo contra o novo vírus.
Mesmo sem comprovação científica, o grupo chamado de Goiânia Frente ao Covid-19 defende o uso dos vermífugos antiparasitários.
Os integrantes do Goiânia Frente ao Covid-19 distribuíram no início deste mês de julho 1.800 kits do medicamento. As doações foram realizadas na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, em Aparecida de Goiânia, que se responsabilizou na distribuição da ivermectina para famílias.
Um alerta sobre a ação foi realizada pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás e também pela Sociedade Goiana de Infectologia.
Mesmo com o alerta, o grupo de médicos seguiu com as entregas.
Durante a entrevista, Joaquim foi questionado em relação aos alertas do Conselho Regional de Farmácias. O médico então afirmou que tem direito de prescrever a medicação em que acredita, baseado em sua experiência de mais de 40 anos na prática da medicina.
Afirmando que não está trabalhando em pesquisas e sim na linha de frente "na ponta", Joaquim diz que não dar para ficar esperando um ano por respostas de pesquisas em relação aos medicamentos eficazes e vacina, pois 1 ano é muito tempo e tempo é o que não temos.
Alegando que a vacina não ficará pronta neste ano, ele defendeu que a vacina atual para covid-19 é ivermectina.
Tratamento
De acordo com o próprio Joaquim, a escolha de seu tratamento foi realizada por ele mesmo, que diz ser paciente de si próprio, e que não procurou a ajuda de um infectologista.