Mais um caso triste de morte por coronavírus veio à tona nesta segunda-feira (24). Trata-se de uma professora que estava grávida de oito meses e morava em Anápolis, que fica a 55 quilômetros de Goiânia.
Grávida pega Covid-19 em festa surpresa
Camila Graciano, de 31 anos, estava esperando a primeira filha, e por se tratar de uma gravidez de risco, a professora tomou todos os cuidados para não se contaminar depois que surgiu a pandemia do novo coronavírus. Segundo Daniel Ambrósio, irmão de Camila, algumas amigas do serviço da Mulher resolveram fazer um chá de fraldas surpresa para a colega agora que ela estava chegando ao final de sua gravidez.
O problema é que uma das convidadas estava contaminada com o coronavírus, mas ainda não tinha apresentado sintomas e por isso não sabia da doença. A mulher veio a ficar ruim com o vírus e seus familiares avisaram às meninas que estiveram no chá de fraldas.
Daniel contou que sua irmã foi contaminada na comemoração e que três dias depois do contato com as colegas, ela foi levada às pressas para um hospital. Eles tiveram dificuldades para encontrar um leito de UTI em Anápolis e consideraram levar a mulher cidades próximas. Ainda segundo o rapaz, os amigos mobilizaram os contatos e conseguiram uma vaga para que ela fosse internada na Santa Casa da cidade.
Grávida teve parto induzido
De acordo com a Secretaria de Saúde de Anápolis, a mulher deu entrada na quarta-feira (19) na Santa Casa de Misericórdia, local de referência para mulheres com gravidez de risco, onde possui leitos separados para as pacientes com Covid-19. Segundo a nota, Camila deu entrada na unidade de saúde por volta das 13h e, por volta das 16h, saiu o seu leito na UTI, que seria destinado a pacientes de outras cidades.
Diante do quadro de saúde de Camila, os médicos optaram por induzir o parto, para que assim pudessem salvar a vida da criança. Segundo Daniel, sua sobrinha Helena está passando bem e apresenta bons sinais, inclusive já respira sozinha na incubadora, sem necessidade de aparelhos, mesmo tendo nascido prematuramente.
Segundo Daniel, depois que deu à luz a filha, Camila apresentou uma melhora em seu estado de saúde, o que fez com que a família acreditasse que ela se recuperaria.
Os médicos chegaram a enviar mensagens falando que os pulmões da mulher tinham melhorado, assim como os batimentos cardíacos e a pressão arterial. O rapaz contou que na sexta-feira a irmã mostrou uma grande piora e sua morte foi confirmada no sábado (22) pela unidade de saúde de Anápolis.
Vale lembrar que as autoridades continuam pedindo que as pessoas evitem aglomerações para evitar a proliferação do vírus, visto que ainda não existe uma vacina, nem mesmo medicamentos específicos para combater a doença.