O empresário, influenciador digital e youtuber de sucesso Felipe Neto, foi indiciado por corrupção de menores por Pablo da Costa Sartori, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), do Rio de Janeiro.

Sartori declarou que recebeu há cerca de um mês um ofício do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em que constava o pedido de investigação contra publicações inadequadas para menores de idade feitas por Neto. O youtuber nega as acusações.

O delegado declarou ao jornal carioca que por o MP-RJ lhe enviou um expediente que pedia que fosse investigado por possível crime por corrupção de menores.

Dentre outras coisas, foram mencionados vários vídeos do rapaz.

O expediente enviado pelo MP do Rio cita vídeos de Neto a partir de 2017, além de outras atividades como assinaturas de livros, atividades que seriam inadequadas para menores. Para o delegado, os fatos poderia se enquadrar no artigo 244 do Eca, disse Pablo da Costa Sartori.

O delegado informou ainda que intimou Neto para que prestasse depoimento, mas o influenciador digital preferiu não falar e protocolou uma petição.

Ao jornal Extra, o delegado da DRCI informou que o advogado de Felipe Neto compareceu à delegacia e protocolou uma petição.

Nesta petição, o empresário diz que não queria ser ouvido, e que as explicações seriam as que foram dadas na petição.

O delegado explicou que neste caso, não seria possível obrigar Felipe a prestar depoimento.

Difamação

Nas redes sociais, Felipe Neto divulgou nota feita por sua assessoria de imprensa que informava que está sendo feita uma campanha contra ele.

De acordo com a nota, essas acusações são baseadas em denúncias caluniosas realizadas pela ala bolsonarista.

Ainda por meio de nota, Felipe Neto informou que o inquérito apura as mesmas acusações contra ele que são feitas por integrantes da extrema-direita que se sentem extremamente incomodados com as críticas que são feitas por ele ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Neto informou que foram prestados todos os esclarecimentos, mas o delegado não tomou nenhum depoimento e não realizou nenhuma investigação e ainda assim, resolveu indiciá-lo.

A Polícia Civil divulgou nota em que afirmou que o empresário foi indiciado pela divulgação de material impróprio para adolescentes e crianças em seu canal no YouTube, além de não limitar a indicação etária de seus vídeos.

A nota diz ainda que as investigações foram iniciadas depois do expediente do Ministério da Justiça e que Felipe Neto claramente não se preocupa em "classificar seu material de divulgação".