O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou no sábado (26) que não se sente pressionado por outras nações já terem dado início ao processo de vacinação contra o novo coronavírus, enquanto o Brasil não definiu ainda um prazo para o início no país. As informações são do portal UOL.

O mandatário declarou que ninguém lhe pressiona por motivo algum. "Ninguém me pressiona para nada, não dou bola para isso", disse. Bolsonaro alega que está sendo razoável, que está tendo responsabilidade com o povo, que não se pode aplicar "qualquer coisa" na população, disse enquanto passeava por bairros de Brasília na manhã deste sábado (26).

Chile, Estados Unidos e México são alguns dos países que já iniciaram a vacinação contra a Covid-19.

O presidente também disse que algumas pessoas não querem respeitar o processo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre liberar as vacinas contra a Covid-19.

O presidente disse ainda que já assinou uma MP (Medida Provisória) no dia 17, em que o Governo destinou R$ 20 bilhões para que pudessem ser adquiridas vacinas contra o novo coronavírus, além de itens necessários para se realizar a campanha de imunização.

A MP ainda será analisada pelo Congresso Nacional, que tem a prerrogativa para aprovar, alterar ou derrubar o texto.

O Ministério da Saúde espera que a população comece a ser imunizada no meio do mês de fevereiro.

Até o momento, ainda não existe nenhuma vacina que recebeu a aprovação da Anvisa.

CoronaVac

A CoronaVac é um dos imunizantes que o governo poderá comprar - a vacina de origem chinesa é fabricada pelo Instituto Butantan, em São Paulo. O Ministério da Saúde está na fase final de um acordo para comprar 46 milhões de doses da vacina.

O governo também tem interesse na compra da vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca, que está sendo feita em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Oxford. O governo federal também está mirando na vacina da farmacêutica norte-americana Pfizer.

Jair Bolsonaro voltou a afirmar que as fabricantes de vacinas feitas para combater a Covid-19 não se responsabilizam por possíveis efeitos adversos dos imunizantes.

Esse argumento foi utilizado pelo presidente Bolsonaro para cogitar a exigência de que os cidadãos assinem um termo de consentimento para receber a vacina.

Os jornalistas perguntaram para o líder do Executivo se ele estava se referindo apenas à vacina da Pfizer, então ele afirmou que a exigência será aplicada em todos os imunizantes. Até o momento, somente a Pfizer tornou pública este tipo de exigência.