O presidente Jair Bolsonaro (PL) desautorizou na noite da quinta-feira (24) o vice-presidente Hamilton Mourão, por falas referentes à invasão da Ucrânia pela Rússia. Mais cedo no mesmo dia, o vice declarou que o Brasil não é neutro nesta situação e não concorda com a invasão da Ucrânia. Com informações do site G1.
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Bolsonaro demonstrou sua insatisfação com Mourão em sua live semanal. O mandatário estava ao lado de Carlos França, o ministro das Relações Exteriores. Jair Bolsonaro exibiu uma cópia em papel de uma reportagem do site G1 que continha a declaração de Mourão.
Sem dizer o nome de seu vice, o líder do Executivo afirmou que não é da competência do vice-presidente comentar sobre o assunto: "Deixar bem claro: o artigo 84 diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro. E ponto final”, vaticinou o presidente.
Na mesma quinta-feira, o Republicanos, partido que pertence à base governista porém está em rota de colisão com o ocupante do Palácio da Alvorada, anunciou que o general Hamilton Mourão, que tem intenção de disputar a eleição de 2022 como candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, se filiou ao partido.
Na parte da manhã o vice foi perguntado por repórteres sobre qual sua opinião sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, Mourão declarou que o país não está neutro.
“Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade”, disse o vice quando estava chegando ao Palácio do Planalto.
Em sua transmissão ao vivo para as redes sociais, Bolsonaro disse que ouve os ministros envolvidos com os temas antes de decidir sobre quais atitudes do Brasil irá adotar no campo da diplomacia, disse Bolsonaro ao lado do ministro das Relações Exteriores.
O presidente da Rússia, Vladmir Putin ordenou a invasão da Ucrânia na madrugada da quinta-feira (24). Os russos invadiram a Ucrânia a partir de diversos locais da fronteira. A decisão provoca uma crise militar e diplomática no continente europeu nunca antes vista no século 21.
Na última semana, o presidente brasileiro fez uma viagem oficial à Rússia, ao se encontrar com Vladmir Putin, Bolsonaro se demonstrou “solidário” à Rússia, sem esclarecer exatamente sobre o que estava demonstrando solidariedade.
A fala de Bolsonaro complicou a vida dos diplomatas do Brasil, que criou um desgaste para a diplomacia do Brasil, principalmente com os Estados Unidos, um porta-voz da Casa Branca reprovou a atitude do presidente brasileiro.
Em sua live, Bolsonaro afirmou que iria ter uma reunião com ministros e outras figuras do Governo para avaliar a situação. O presidente disse que a posição do Brasil é a defesa pela paz.
