O ano de 2022 é importante para o Brasil pois teremos Eleições, que é quando acontece o rito eleitoral, ato que destina-se à troca (ou não) de cargos considerados cruciais para o exercício democrático. Um dos cargos deste ano é o de Presidente da República e dos representantes do Congresso Nacional, deputados federais e senadores.

Mas, apesar de soar como um contexto de aviso, o parágrafo anterior parece não provocar a vontade de ser cidadão para o público jovem. Mais especificamente os que se situam entre 16 e 18 anos de idade.

Isso é motivo suficiente para acender as luzes de alerta para os defensores da democracia; por um lado, os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que 10 milhões de adolescentes podem ir ao cartório eleitoral e solicitar seu direito ao voto.

Esse público potencial é enorme perto do número divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pois a preocupação tem seu fundamento: o mesmo Tribunal relatou que pouco mais de 730.000 jovens haviam ido à zona eleitoral até janeiro de 2022.

Puxando pela mão

A partir desta semana, o TSE lançou uma campanha de motivação para que estes jovens retirem seus títulos até o dia 2 de outubro, data oficial das eleições gerais no país. Denominado como “Semana do Jovem Eleitor de 2022”, o conteúdo desse evento abrange informações disponíveis no portal do TSE e mobilização de influenciadores digitais, de instituições públicas e privadas e de organizações sociais.

Embora reconheça que o número de 730.000 de novos votantes seja flutuante, já que há pedidos de cancelamento, transferência de domicílio de votação e revisão do processo eleitoral, o TSE, numa tentativa de reverter a queda e, consequentemente, o desinteresse apresentado nos brasileiros mais novos, pede para que o público jovem faça seu cadastro no portal da Internet “Título Net”.

O interessado entra com um requerimento preenchido on-line, anexa alguns documentos exigidos como a identidade e um comprovante de endereço e informa um telefone para contato.

O adolescente tem até o dia 4 de maio para acessar o portal e preencher o formulário virtual. Do outro lado, esse diagnóstico representa uma cruzada, pois é o prazo fatal (neste ano de 2022) para a Justiça Eleitoral cumprir uma de suas principais funções: permitir que cada indivíduo exerça a cidadania.

E votar é um expressivos elementos da democracia.

Elenco entra em campo

A apatia em torno da política fez com que muitos artistas emprestassem um pouco de sua fama e de seu tempo para que o público entre 16 e 18 anos tirem seu título de eleitor.

Nomes como a cantora Anitta e as atrizes Bruna Marquezine, Giovanna Ewbank, Larissa Manoela e Taís Araújo escreveram mensagens no Twitter.

Anitta disse que “não pode fazer sozinha” e chamou a atenção do quão importante é o exercício do voto. Bruna Marquezine concordou com o ponto de vista da colega e reforçou a participação dos jovens no processo de escolha dos parlamentares e do presidente. Taís Araújo preferiu se concentrar no prazo de 4 de maio para tirar o título.

Conquistado a duras penas durante a última metade do século XX, pais e avós que lutaram tanto por eleições diretas veem-se com um problema grave: o desânimo das novas gerações em dar rumo a um país de dimensões gigantescas. Porém, cabe uma pergunta válida para todas as gerações: o quanto, nós do povo, eleitores, estamos sendo representados verdadeiramente? O ditado popular diz que o exemplo tem que vir de cima para haver um ponto de virada.