Não teve jeito mesmo: o que é bom, acaba logo; assim é o que se pode descrever sobre o retorno do aumento de casos de coronavírus no Brasil. Nesse mês de novembro, tanto o número de casos como o de fatalidades só aumentam. A curva, antes estável e descendente, só está subindo e alguns setores da sociedade (instituições educacionais, órgãos regulamentares e empresas do ramo de transporte) estão se mobilizando na luta contra esse inimigo invisível.
Melhor então ir por ordem cronológica: a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) determinou o retorno ao uso de máscaras em suas dependências.
A decisão já vale desde a quarta-feira (23), a fim de que se evite o alastramento da contaminação.
A Reitoria da Universidade divulgou uma nota pedindo para que os frequentadores tomem as doses de reforço da vacina, bem como seja adotado o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos.
O alarme soa e não é à toa que continue assim: segundo o Painel Rio COVID-19, a cidade maravilhosa teve 26 mil casos de coronavírus registrados na última semana. Quando se mede em porcentagem, houve um aumento de 6.000% em relação à semana anterior.
No ar
Na noite da última terça (22), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) optou pela obrigatoriedade das máscaras em aeroportos e aeronaves.
O motivo é o mesmo: crescimento de casos de Covid-19. A medida passará a vigorar a partir desta sexta (25).
Entre a retirada e a nova adoção da exigência da máscara, foram pouco mais de três meses. O objetivo é dificultar a transmissão e impedir o contágio. Também se espera a proteção dos ambientes aeroportuários e daqueles que usam ou precisam se locomover por via aérea.
O alcance dessa resolução engloba todos os espaços envolvidos que se relacionem com voos: desde o saguão e áreas de refeição até os ônibus disponibilizados para acessar a aeronave que esteja distante dos portões de embarque.
Restringiu geral
Em relação a São Paulo, a Prefeitura e o Governo do Estado vão retomar a exigência de uso de máscaras no transporte coletivo em geral (ônibus, metrô, trem).
Porém, a determinação valerá a partir de sábado (26).
A recomendação é que a população se vacine ou se encontre em dia com o seu ciclo vacinal. O objetivo é o mesmo relatado anteriormente: frear ou impedir a disseminação do vírus.
No estado paulista, as últimas duas semanas foram marcadas pela média registrada de 400 novas internações diárias.
A velocidade de propagação das subvariantes da ômicron tem preocupado os sistemas de saúde público e privado. Existe uma tendência de expansão para o interior e litoral de São Paulo. Além disso, voltou a aumentar o número de profissionais da saúde afastados por contraírem o coronavírus. O público mais afetado por essa nova onda é o idoso ou os que possuem comorbidades e imunodeprimidos.
Apelo
Assim como no Rio de Janeiro e no contexto ilustrado pela Anvisa, os conselhos são os mesmos: utilizar a máscara em lugares públicos e estabelecimentos de saúde como hospitais, farmácias e postos; reforçar o uso de máscaras para idosos e mais vulneráveis e tomar a vacina. Neste último quesito, os dados mostram uma realidade preocupante para o estado de São Paulo: dez milhões de adultos não retornaram para a primeira dose de reforço e sete milhões deixaram de comparecer para tomar a segunda dose de reforço.
É muito importante o comparecimento geral e buscar a proteção vacinal para as crianças e adolescentes, visto que nessa faixa etária, os casos de contaminação/internação pela subvariante ômicron têm crescido.