No verão aumentam os casos de gastroenterite e intoxicação alimentar, principalmente na praia, devido ao consumo de água e alimentos contaminados com vírus e bactérias. Somente nos bairros de Santa Cruz e Campo Grande, no Rio de Janeiro, os postos de Saúde registraram respectivamente 783 e 588 casos de diarreia, gastroenterite e vômitos de origem infecciosa ou não, do início da temporada de verão, no dia 20 de dezembro, até dia 5 de janeiro. As prefeituras da Grande Vitória apontaram no verão do ano passado 22 mil casos semelhantes. A gastroenterite é uma doença que não existe a obrigatoriedade de notificação às autoridades de saúde, portanto os números oficiais registrados podem ser bem maiores.

Tony Ramos foi vítima

A gastroenterite trata-se de uma infecção no estômago e nos intestinos que pode causar desde um simples mal-estar até complicações mais sérias, levando ao óbito. O ator Tony Ramos, por exemplo, chegou a ser internado devido a doença por alguns dias e teve alta no início de janeiro, deixando o hospital de cadeira de rodas.

Umas das dicas para evitar o problema é prestar atenção no condicionamento dos alimentos, principalmente aqueles servidos na praia, e proteger tudo o que se come ou se bebe do contato com insetos ou exposição ao calor. Mesmo alimentos dentro da data de validade, se não estiverem em ambiente adequado e limpo podem estragar mais rápido.

Fatores de risco da gastroenterite

A falta de higiene no preparo e condicionamento de alimentos e bebidas servidos em ambientes abertos, como praia, em grandes eventos e nas ruas significam portas abertas para doenças. Alimentos expostos ao sol diretamente e ao calor durante muito tempo e embalagens violadas são sinais de perigo.

Maioneses e molhos devem ser conservados em geladeira e consumidos logo depois de preparados. Tomar banho em praia contaminada e não lavar as mãos antes de se alimentar são outros pontos de risco. Gelo nas bebidas também pode ser agente transmissor da doença devido ao uso de água não tratada ou contaminada. Deve-se ainda evitar ingerir acidentalmente a água do mar em praias muito movimentadas.

Os sintomas mais comuns da doença são náuseas, diarreias, cólicas, dores de cabeça ou na barriga, e febre baixa. Pessoas infectadas podem transmitir o vírus, a bactéria ou o protozoário pela saliva ou vias respiratórias contaminando outras pessoas. A contaminação pode durar até três semanas, período onde o paciente pode ser um agente transmissor para outras pessoas.

Crianças e idosos são considerados os grupos de maior risco pela facilidade em desidratar e assim ficar mais frágeis no caso de contato com a doença. Por isso a necessidade de boa hidratação com água e, no caso de contágio, a ingestão de soro e a administração de medicação na veia.