A Covid-19 pegou a humanidade de surpresa no início deste ano, fazendo inúmeras vítimas fatais. A pandemia mudou o cenário mundial, no aspecto epidemiológico e financeiro. Devido à necessidade do isolamento social, a economia foi freada, e muitos países deverão enfrentar uma grave recessão. O mundo espera pela vacina contra o vírus, que poderá fazer com que a sociedade possa retomar sua vida após uma das maiores crises de todos os tempos. De acordo com a agência italiana Ansa, uma notícia promissora foi divulgada pela Universidade de Oxford. A vacina contra a Covid-19 estaria em sua terceira fase de desenvolvimento e testes clínicos, e cerca de 10 mil pessoas deverão ser vacinadas para que possa ser averiguada a eficácia do produto.
Em todo o mundo, a Ciência vem sendo desenvolvida na corrida contra o tempo. Estima-se que já existam cerca de 70 imunizantes sendo testados no mundo, porém, a vacina de Oxford estaria na fase mais avançada e com possibilidades promissoras de eficácia.
Testes da vacina anti-covid no Brasil
Ainda de acordo com a Ansa, a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, conta com a parceria de uma empresa italiana de biotecnologia e será testada em humanos também no Brasil. A vacina, que é chamada de ChAdOx1 nCoV-19, está sendo produzidas pela empresa italiana Advent-IRBM, de Pomezia, Roma. Oxford já teria um acordo com uma multinacional britânica para a fabricação e distribuição da vacina a nível mundial.
Na última terça-feira (2), ainda segundo a Ansa, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou os estudos no Brasil. A vacina contará com um adenovírus de chimpanzés contendo a proteína spike, que é utilizada pela Covid-19 para agredir as células do organismo humano. Uma brasileira faz parte da equipe da Universidade de Oxford na testagem da vacina.
A imunologista Daniela Ferreira, de 37 anos, é especialista em infecções respiratórias e desenvolvimento de vacinas.
Prazo para que a vacina fique pronta
Sobre a média de tempo que levaria para a vacina ficar pronta, Daniela Ferreira preferiu não fazer uma estimativa, já que, segundo ela, seria um processo complexo. Porém, a profissional garantiu que entre o período de dois a seis meses, já poderão averiguar se a vacina é eficaz.
Ferreira ainda alertou para a produção da vacina em larga escala, caso sua eficácia seja comprovada. Segundo especialistas, o isolamento social ainda é uma das prioridades no enfrentamento da Covid-19 enquanto a vacina não chegar à população. Práticas de higienização também devem ser priorizadas em meio à pandemia.