Atualmente, uma grande preocupação em âmbito mundial é o novo coronavírus, responsável pela transmissão da doença respiratória conhecida como Covid-19, que fez milhões de vítimas ao redor do mundo desde o final de 2019.
Embora muitas pessoas já tenham conhecimento sobre as principais formas de transmissão da doença, é sempre importante reiterá-las, de forma que esses meios possam ser evitados.
As formas de transmissão do coronavírus
Assim, de acordo com a revista Saúde, da editora Abril, foi publicado nos Estados Unidos recentemente um estudo que aborda as principais formas de contágio da Covid-19.
Tal estudo foi veiculado no The New England Journal of Medicine, um periódico bastante respeitado no país e informou que o coronavírus é capaz de sobreviver por algumas horas ainda suspenso no ar.
Além disso, de acordo com a pesquisa citada, a depender da superfície em que o vírus se instala, ele pode chegar a sobreviver dias sem um hospedeiro.
De acordo com Paulo Eduardo Brandão, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), em contato com a revista Saúde, o mais impressionante no estudo em questão é que foi possível observar que na sua forma de aerossol, o coronavírus é capaz de sobreviver em até três horas.
Assim, caso uma pessoa infectada espirre em uma determinada sala, o vírus poderá contaminar todas as pessoas que passarem por aquela sala durante o período em questão.
Além dos fatos citados anteriormente, a pesquisa em questão também esclareceu que o novo coronavírus podem permanecer em várias superfícies e objetos durante dias. A título de ilustração foram citados os objetos plásticos ou feitos a partir de aço inoxidável.
De acordo com Paulo Eduardo Brandão, essas descobertas ajudam a reforçar ainda mais a necessidade das medidas de distanciamento social, bem como a efetividade da higienização das mãos enquanto ferramentas de combate ao novo coronavírus.
Portanto, embora vários dados a respeito da pandemia ainda estejam sendo coletados diariamente, de forma que as pesquisas passam por alterações quase diárias, se mostra válido ressaltar que uma única pessoa infectada pelo vírus é capaz de infectar até três outras. Entretanto, essa projeção ainda não é definitiva e existem alguns estudos que afirmam que o número pode chegar até 6, sendo maior do que os números relativos à gripe.
Logo, se mostra válido destacar que, de acordo com Celso Granato, do Fleury Medicina em Ssaúde, o novo coronavírus apresenta características que são favoráveis à sua transmissão.
A primeira delas está ligado ao fato de que grande parte das pessoas que são contaminadas por ele não chegam a apresentar sintomas e quando apresentam, trata-se de uma forma mais brada da doença, que pode ser confundida com uma gripe, por exemplo.
Assim, de acordo com Granato, a Covid-19 funciona de maneira análoga a um iceberg: no topo tem-se os casos de pessoas que realmente ficaram em estado grave e na base, por sua vez, estão as pessoas infectadas pelo coronavírus, mas que não chegaram a manifestar quaisquer sintomas ou mesmo precisar de um tratamento.
Além dos fatores citados, existe outro ponto que gera bastante apreensão quando o assunto é a transmissão do coronavírus: o fato de que ele se mostra um vírus bastante habilidoso quando o assunto é invadir o corpo humano.
De acordo com Granato, a explicação para isso está ligada ao fato de que os vírus possuem uma espécie de “chave”, que deve ser usada na superfície das células humanas para invadi-la. Assim, como o coronavírus possui uma proteína que se conecta a um receptor celular com facilidade, ele consegue invadir o organismo das pessoas.
Logo, se a imunidade de alguém estiver previamente comprometida, o que é mais comum entre idosos e pessoas que possuem doenças crônicas, o trabalho do vírus é facilitado, o que justifica os grupos de risco da Covid-19.