Para quem não teve tempo e colhe algumas lágrimas até agora sobre o lindo fenômeno da chuva de meteoros das Perseidas, é bom prestar atenção, pois o céu ainda as mostrará até o fim do mês de agosto.

É que o fenômeno poderá ser visto até o dia 24 de agosto, porém sua intensidade será menor em comparação com o início das aparições, ou seja, a partir de 13 de agosto. Pelo menos, é o que garantem os especialistas no assunto.

Aqueles que perderam o espetáculo, podem marcar na agenda os meses de julho e agosto do ano que vem e dos subsequentes para visualizar o festival de rabiscos no céu noturno.

Nestes meses, a Terra penetra nos destroços de um cometa denominado Swift-Tuttle. A última vez que foi visto em seu formato original data de 1991.

Ele deixou seus pedaços na trajetória pelo espaço e quando a Terra os encontra, ocorre o contato com a atmosfera, gerando o aparecimento de meteoros que chegam a uma velocidade de 59 km por segundo.

Origem

As Perseidas receberam esse nome porque os astrônomos creem que as estrelas cadentes procedam da constelação de Perseu, herói da Mitologia Grega.

Já o cometa Swift-Tuttle possui um núcleo respeitável: 26 quilômetros de extensão e, de vez em quando, passa pelo nosso planeta. Mais precisamente a cada 133 anos. A próxima visita desse cometa será somente em 2124.

Para os que perderam a parte mais brilhante dessa festa de meteoros que corta o céu do planeta, não fiquem tristes. Como escrito anteriormente, os aficionados poderão apreciá-la até o fim da próxima semana.

Ainda assim, se não tiverem sorte, tempo ou um bom lugar para ver o fenômeno, vêm mais coisas até o fim de 2023.

Segundo fontes, existem, em média, 12 chuvas de meteoros por ano e não é difícil de localizá-las no nosso calendário, pois o movimento da Terra é sempre o mesmo durante os 365 dias.

Meteoros são o resultado da poeira e detritos suspensos na nossa galáxia por cometas e, quando deixados na rota da órbita terrestre, tudo fica mais fácil de visualizar.

Não é o principal

Sim, as Perseidas são uma ótima referência em questão de quantidade e popularidade. Entretanto, em relação ao primeiro quesito, elas perdem, pois há outro fenômeno que propicia um número bem maior de estrelas cadentes cruzando o céu.

As Geminids são a grande campeã – até hoje é considerada a chuva com o maior registro de meteoros. E a boa notícia é que as Geminids podem nos brindar no mês de dezembro – período de pico da chuva.

Há a possibilidade de outro fenômeno chamado de Andromedid fazer uma surpresa e aparecer na mesma época, ou seja, dezembro de 2023. No entanto, esse espetáculo não é regular, pois faz mais de uma década que o Andromedid não dá o ar da graça por aqui.

Quem não tiver paciência até lá, pode desfrutar de outro fenômeno meteórico: as Orionids devem propiciar uma festa entre os dias 20 e 21 de outubro. Na verdade, elas são restos do cometa mais famoso do mundo, o Halley.

Céu disputado

O segundo semestre de 2023 está recheado de acontecimentos astronômicos com dois eclipses previstos para o mês de outubro.

Um será lunar e o outro, solar. E bem no finzinho de agosto, haverá a formação de uma superlua. Dentre eles, apenas o eclipse da Lua será visto em uma pequena área do Brasil; os outros dois fenômenos serão melhor vistos em boa parte do território nacional.

Dica para quem quer ver as próximas chuvas de meteoros: o melhor momento para avistá-las é pouco depois da meia-noite e, de preferência, afastado de centros urbanos, porque a iluminação pública prejudica a identificação do fenômeno.

É bom ter por perto cobertas para se proteger da queda de temperatura durante a madrugada e desativar a luz do smartphone. O resto é olhar para cima e aguardar os momentos mais lindos, porém fazendo pausas para que não surjam desconfortos musculares ou torcicolos. Não esqueça de fazer uma boa alimentação e durma bem antes dos dias programados para os aparecimentos desses resquícios dos corpos celestes.