Com o advento da Televisão, pensaram que o rádio seria extinto. Não aconteceu. Mais tarde, com o surgimento e a popularização da Internet, fizeram previsões macabras e fatalistas para o rádio. Porém, ele segue firme e forte, dispensando a coroa de flores ou o caixão.

No dia 13 de fevereiro, celebra-se o Dia Mundial do Rádio e a data foi oficialmente escolhida em 2011 pela Unesco (órgão das Nações Unidas para a Educação, Cultura e Ciência). Pelo ano citado anteriormente, é de se supor que o rádio não só mantém sua importância, como também continua conquistando espaço e penetração em várias partes do mundo.

Tudo isto denota seu grau de valorização em plena era digital.

Origem e importância

Escolheu-se o 13 de fevereiro porque foi neste dia que a ONU fez uma radiotransmissão para seis países no ano de 1946. Até hoje, perdura a programação de áudio com a divulgação de notícias, programas semanais e podcasts elaborados e criados pelas equipes que lidam com as seis línguas oficiais que a ONU reconhece – russo, inglês, espanhol, chinês, francês e árabe. Além destes idiomas, há produções faladas em hindi, português e suaíli.

A Unesco entende que a posição do rádio é singular, tendo como metas reunir e aglutinar as comunidades e promover um diálogo positivo para a mudança. Tanto é assim que o rádio representa um instrumento essencial nas operações de campo feitas pela ONU ao redor do mundo, colaborando para que países encontrem mais facilmente o caminho para a paz.

Um exemplo disso é Rádio Miraya, localizada na Missão das Nações Unidas instalada no Sudão do Sul.

Significado do rádio

O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, destacou que no “Dia Mundial do Rádio, vamos reconhecer o poder duradouro do rádio para promover a diversidade e ajudar a construir um mundo mais pacífico e inclusivo”.

Não se pode ignorar a produção de conteúdo, a pluralidade de expressões e a diversidade dos canais disponíveis ao ouvinte, seja pelas ondas de AM e FM, seja por vias digitais como os podcasts e material na Internet. Por possuir esse tipo de alcance, deduz-se que ele é um veículo de comunicação mais consumido no planeta.

Afinal quem não escutou um jogo de Futebol com um radinho colado na orelha?

Ou então não se indignou com notícias de guerra ou se emocionou com histórias de amor? Quem não tem aquele costume de ligá-lo no meio do trânsito congestionado para se distrair com Música ou buscar uma rota alternativa no tráfego complicado dos centros urbanos?

Abrangência

Se, para os habitantes das metrópoles, o rádio possui uma relativa importância, o mesmo não se pode aplicar para os que moram em regiões mais desprovidas como é o caso do Norte do Brasil, área dominada por vegetação florestal da Amazônia.

Para habitantes do estado do Acre, por exemplo, o rádio é um grande difusor de informação e de diversão.

Mas isto não é só luxo dos que moram no Norte; não é difícil encontrar a relevância do meio de comunicação nas zonas rurais.

E isto pode ser encontrado nos estados mais desenvolvidos do Brasil.

Um radialista de uma cidade do interior de Minas Gerais ressalta que o rádio é um meio bem democrático, estando presente desde a cabine do caminhão até as aldeias dos índios. Além da mobilidade, ele vê como outra vantagem o fato de ser um aparelho barato e, por isso, cai no gosto das camadas sociais de menor poder aquisitivo. Mas isso não quer dizer que a classe alta não tenha o seu rádio no carro importado.

Quanto mais a tecnologia inova, maior é o poder de o rádio se reinventar, pois a possibilidade de programas locais serem escutados fora de suas áreas de transmissão se multiplica. O que antigamente se ouvia numa cidade, hoje pode alcançar partes do globo, adquirindo fãs em outros estados do Brasil e/ou no Exterior.

Parece que entretenimento, diversão e conhecimento nunca tiveram barreiras e nem fronteiras para chegar a cada um dos indivíduos, a cada um de nós, cidadãos, pois comunicação é um elemento fundamental de organização e coesão social. E o rádio é um grande catalisador, cumprindo a função com grande louvor. Viva o rádio!