Na manhã desta quarta-feira (21), o economista Maílson Ferreira da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, no Governo Sarney, defendeu, em seu blog, a extinção do regime de partilha do pré-sal, a Opinião de Ferreira da Nóbrega corrobora com as declarações de Roberto Castello Branco, o presidente da Petrobras, que por sua vez defende a mudança e até a extinção do regime da legislação do pré-sal, sob a máxima de que a partilha não leva à eficiência.
O enunciado do presidente da petrolífera brasileira veio à tona nesta terça-feira (20), por veículos da imprensa, registros mostram que o evento ocorreu no mesmo dia na parte da manhã.
De acordo com tais informações, a assertiva de Castello Branco se deu logo na abertura do seminário "Competitividade dos Projetos Offshore no Brasil", organizado pelo IBP, (o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), no estado do RJ.
Fim da partilha ou mais moderação
Para o presidente da petrolífera é o fim do regime da partilha ou mais moderação. Direto, Castello denotou não só que a origem do regime de partilha não leva à eficiência como também que a mesma serve para atender conveniências políticas, apontando assim, a adoção do regime na Indonésia, usado pela primeira vez no ano de 1966, com o intuito de que empresas de fora explorassem, mas não participassem diretamente dela.
Roberto também observou a importância da produtividade para o crescimento do país. Ele mostrou descrença no atual regime de partilha, "Isso pertence ao passado, que não nos foi favorável", declarou.
A Agência Brasil transcreveu falas do presidente da Petrobras. Castello Branco também considerou que o regime de partilha, seja rompido.
A ação do regime de partilha se refere à divisão do lucro em petróleo tanto para a União quanto para as empresas, isto para o presidente da petrolífera não é eficiente, sobre esta defesa, o economista Maílson Ferreira da Nóbrega manifestou-se positivamente à ação de Castello Branco: 'Tem toda razão'.
Desburocratização
Ao observar falas do presidente da petrolífera, nota-se que a intenção, pelo menos a aparente, é desburocratizar o negócio.
“Temos que ser um país onde é fácil fazer negócio e a produtividade tenha condição de crescer”, destacou.
Castello Branco foi positivo ao observar a sensibilidade da ANP (a Agência Nacional do Petróleo) ao mercado, mas foi crítico ao conteúdo local, indagando várias vezes sobre a questão da eficiência para firmar sua tese neste aspecto mercadológico.
Críticas de cá e de lá
Em seu blog, Maílson destacou a criação do regime de partilha feito pelo PT, responsabilizando Lula e Dilma e caracterizando o ato como 'visão megalomaníaca', "[...] mancharam as mãos de petróleo [...]", criticou o economista.
A crítica de Ferreira se refere ao, segundo ele, estabelecimento máximo de controle sobre as jazidas do pré-sal.
Do outro lado também há críticas, blogs assumidamente progressistas (como se denominam) por sua vez, vê a defesa de Castello Branco como uma entrega do pré-sal.
No seminário organizado pelo IBP, o presidente da Petrobras também falou sobre a dívida, custos e investimentos. Ele criticou veementemente o licenciamento ambiental dado inclusive, a demora na concessão de licenças.