Os beneficiários do Bolsa Família receberão a segunda parcela do auxílio emergencial entre os dias 18 e 29 de maio, segundo anunciou o Governo federal. Os pagamentos de R$ 600 ou R$ 1.200 (caso de mulheres chefes de família) acontecerão de acordo com o último digito do Número de Identificação Social (NIS).
Pagamentos não necessitam de solicitação prévia
Dentro da programação de depósitos, as pessoas que possuem o cartão com final 1 receberão na segunda-feira (18). Os de final 2, na terça-feira (19), e assim por diante, sempre considerando dias úteis para os pagamentos.
Como aconteceu com a primeira parcela, não é necessário nenhum tipo de solicitação ou cadastramento especial para receber a continuação do auxílio. As famílias que fazem parte do Bolsa Família serão avaliadas e a quantia extra é enviada quando o valor é superior ao que elas recebiam anteriormente.
Terceira parcela foi confirmada
A terceira parcela será depositada entre 17 e 30 de junho, seguindo o calendário normal do programa assistencial.
O dinheiro sempre é depositado na conta do titular do Bolsa, e os saques podem ser feitos pelo próprio cartão do beneficiário ou com o Cartão Cidadão.
Critérios que geraram negativas
O Ministério da Cidadania informou que quase 4 milhões de beneficiários do Bolsa Família não têm direito aos R$ 600 por não cumprirem os requisitos do auxílio emergencial. Esse número representa 17% de todas as pessoas do programa assistencial, que somam hoje 23,2 milhões.
Dentre as razões da negativa, 1,84 milhão de pessoas (46%) possuem dois integrantes dentro da família que já recebem a renda emergencial definida pelo governo. E o restante, 1/3 dos que não tiveram direito, possuem carteira de trabalho assinada, segundo acusou o cruzamento dos dados do governo federal com informações bancárias.
De qualquer forma, a avaliação a respeito de quem tem direito e de quem não tem de receber o auxílio está sujeita a questionamentos e o Ministério Público Federal (MPF) questionou o Ministério da Cidadania a respeito.
O Ministério informou que 88,5 mil beneficiários não receberam porque foram considerados agentes públicos, com base de informações da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), que está desatualizada desde 2018.
Outra restrição foi de pessoas que se candidataram a cargos eletivos na última eleição, mas não foram eleitas. Seus nomes constam no banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral. Quase 29 mil pessoas foram descartadas dentro dessa análise.
E o Dataprev, empresa governamental responsável pela análise de todos os dados do auxílio emergencial, informou que parentes de presos foram excluídos da ajuda, apesar de que esse critério não estar previsto em lei.