Os trabalhadores seguem aflitos. O Governo federal não definiu a data de pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial. E nos últimos dias, os governos estaduais e municipais postergaram as medidas de isolamento social, o que não traz, a curto prazo, um horizonte à retomada das atividades comerciais. O atraso no pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial passa de 10 dias e o ministro da Cidadania, Onix Lorenzoni, prometeu anunciar as datas de pagamento do benefício até esta semana.
Agora, segundo ele, essa data será divulgada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Durante toda a semana, Onyx disse que o calendário seria divulgado até a sexta-feira, dia 8 de maio. A promessa não foi cumprida. Em relação ao auxílio emergencial, o governo comete algumas trapalhadas. O ministro da Cidadania chegou a divulgar o pagamento da segunda parcela para o dia 27 de abril. Depois, chegou a dizer que o depósito do recurso seria antecipado quatro dias. Bolsonaro desautorizou o ministro, que se justificou. Onyx disse que o número de solicitantes superou as expectativas.
Anúncios estão a cargo de Bolsonaro
Onyx participou, na sexta-feira, 8 de maio, do programa "Brasil Urgente", na Band. Ao apresentador Datena, o ministro da Cidadania agiu com cautela. Não divulgou uma data para o depósito da segunda parcela. Apenas revelou que o calendário será divulgado pelo presidente Bolsonaro. O ministro não explicou os motivos do atraso. Mesmo assim, ele revelou que o governo se esforça para o pagamento da segunda parcela o mais rápido possível.
Onyx estima que o pagamento seja mais rápido, uma vez que o governo detém o banco de dados de todos os brasileiros contemplados pelo benefício.
O ministro da Cidadania também postergou outra data. A que analisava os cadastros de 17 milhões de pessoas que pediram o auxílio emergencial.
Primeiro, estipulou o dia 7 de maio para a conclusão. Depois disse que esse trabalho seria concluído no sábado, dia 9.
Parceria com os Correios ao pagamento
Na quinta-feira, Onyx disse esclareceu que o governo firmaria uma parceria com os Correios para o pagamento do auxílio, o que levou cidadãos à porta de algumas agências. Depois, ele afirmou que a parceria ainda está em discussão. Em nota, a estatal esclareceu que o acordo depende de alguns ajustem em procedimentos e questões técnicas.
Para evitar aglomerações, a Caixa, banco responsável pelo pagamento do auxílio emergencial, defende o pagamento em datas espaçadas. Mesmo com todo o apelo para se evitar o atendimento presencial e para buscar os meios eletrônicos para o pagamento, milhares de beneficiários encontram dificuldades e não encontram outra alternativa. Eles se deslocam às agências para a solução do problema.