O cadastro das chaves de identificação para o novo sistema de pagamentos e transferências idealizado pelo Banco Central (BC), chamado Pix, começou a partir das 9h desta segunda-feira (5). O serviço começa a funcionar oficialmente para os clientes das instituições financeiras a partir do dia 16 de novembro e promete revolucionar os procedimentos de transferências e pagamentos no Brasil.
O Pix será um serviço disponível para clientes de bancos tradicionais e fintechs que, segundo o Banco Central, tende a melhorar a concorrência no setor. Pagamentos de boletos, serviços e transferências agora serão realizadas em velocidade praticamente instantânea e a qualquer hora do dia e qualquer dia da semana.
Os serviços mais tradicionais de transferência de valores monetários, como o TED e o DOC, tendem a tornar-se obsoletos. Mais de 600 instituições financeiras já estão aptas para o cadastro das chaves.
O Pix é uma iniciativa do Banco Central junto a outras fintechs e cooperativas financeiras para criar uma nova ferramenta que aumente a concorrência e modernize ainda mais o sistema financeiro brasileiro, potencializando também o ambiente de negócios no país.
O que são as chaves de cadastro para o Pix?
As chaves de cadastro do Pix são as informações pessoais --número do CPF (ou CNPJ, em caso de conta comercial), número do celular, o e-mail ou uma chave de segurança aleatória com letras-- que o usuário vai definir como endereço para recebimento de pagamentos e transferências por meio da nova ferramenta.
Ao cadastrar ao menos uma das chaves junto a sua instituição bancária, o usuário passa a receber pagamentos e transferências apenas repassando uma dessas informações.
Isso mesmo, ao invés de ter que preencher um cansativo formulário com número de conta-corrente, agência e CPF da pessoa para quem você enviaria o dinheiro digitalmente, você precisa apenas que o destinatário lhe forneça uma das chaves cadastradas para que possa enviar-lhe o valor por meio do Pix.
O usuário que cadastrar as suas chaves a partir de agora já estará habilitado para usufruir da tecnologia no dia 16 de novembro, data oficial de lançamento do Pix por meio das instituições bancárias.
Como eu realizo o cadastro das chaves de identificação do Pix?
O cadastro da chave é realizado a partir dos canais de comunicação da instituição financeira que administra a conta do cliente, podendo ser tanto por site quanto por aplicativo.
Desde o mês de setembro que as instituições financeiras já realizam ações de marketing e de apresentação da nova ferramenta a seus clientes de forma a familiarizá-los com antecedência das mudanças promovidas pelo Pix.
Além disso, o Pix está promovendo uma corrida por parte das instituições financeiras junto aos clientes, oferecendo campanhas de marketing e novas promoções.
AO VIVO: Já cadastrou sua chave Pix? Acompanhe agora a live do BC e aproveite a oportunidade para tirar suas dúvidas.https://t.co/cd16birjTv #pix #pagamentosinstataneos
— Banco Central BR (@BancoCentralBR) October 5, 2020
Instituições financeiras tentam se adaptar à nova realidade
Como atores que mais sairão perdendo financeiramente com a nova medida, pois tinham lucros com as transações via TED e DOC, as grandes instituições financeiras desenvolvem novas estratégias de marketing e atuação junto aos seus clientes para contrabalancear as perdas, como intensificando campanhas de financiamento e crédito, por exemplo.
Os bancos entraram numa corrida em campanhas de marketing para fazer com que os usuários da plataforma cadastrem suas chaves de identificação em suas plataformas, de forma a não perder clientes para outras instituições que foram mais eficientes no marketing da nova tecnologia de transações.
Afinal, como funciona o Pix?
O Pix é uma modalidade de transferências e pagamentos que promete trazer muito mais eficiência que os tradicionais métodos de TED e DOC. Por que?
Primeiramente, pela questão financeira, enquanto um TED, por exemplo, sofria uma cobrança de que variava de 8 a 10 reais por parte de instituições bancárias tradicionais, o Pix não tem valor praticamente nulo em comparação. Os valores cobrados para as instituições financeiras realizarem a transferência por meio da nova modalidade será de R$ 0,01 a cada dez operações realizadas.
Os outros dois fatores que demonstram a eficiência do Pix são relativos à velocidade e disponibilidade. Quanto à velocidade, as novas transferências serão praticamente instantâneas em uma média de 2 segundos para que o dinheiro sai de uma conta para a outra.
Quanto ao TED e ao DOC, as transferências não eram tão rápidas assim e ainda sofriam o agravante da disponibilidade, pois só podem ser realizadas dentro do horário comercial do banco, geralmente até o fim da tarde dos dias úteis. Nos feriados e fins de semana o serviço fica indisponível.
Já quanto ao Pix, a transação poderá ser realizada 24 horas por dia e 7 dias por semana, não havendo agravantes de indisponibilidade em nenhum momento para o usuário da ferramenta.
Basta possuir um dos endereços da chave de cadastro gerada pelo destinatário e prontamente as transações poderão ser efetuadas instantaneamente.