O Ministério da Economia quer reformular as regras do auxílio emergencial. Para isso, tem reunido setores do Governo e especialistas com o objetivo de focalizar na concessão do benefício e gradativamente reduzir seu custo aos cofres públicos.

Por outro lado, o Ministério da Cidadania tem acelerado na busca por medidas capazes de reformular o programa Bolsa Família, na intenção de ganhar tempo para emplacar uma nova pressão na concessão de mais uma rodada do auxílio emergencial para as famílias mais vulneráveis da população.

Retomada do auxílio emergencial quebrará o Brasil, diz Bolsonaro

Na última quinta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro afirmou durante sua live semanal que prosseguir com o auxílio emergencial põe o Brasil em grave risco. Para o presidente, isso provocaria uma série de consequências desastrosas para as contas públicas e, consequentemente, para a sociedade brasileira com aumento da inflação e desequilíbrio econômico, "quebrando o país".

Ainda que o presidente Bolsonaro tenha dito na última quinta-feira (28) que a retomada do benefício pode quebrar o país, a equipe de Guedes está confiante na decisão, segundo informações do jornal Estado de S. Paulo.

O Estadão ainda recebeu informações de que o governo está avaliando essa nova rodada do auxílio emergencial, mesmo com o mercado financeiro resistente ao endividamento.

No entanto, para que a medida siga adiante, é fundamental que o governo tome as "rédeas" do processo, para evitar uma ampliação do benefício por parte do Congresso, provocando maior risco fiscal para o país.

Brasileiro deve aprender a conviver com a Covid-19, diz Bolsonaro

O presidente Bolsonaro lamentou as mais de 220 mil mortes decorrentes das infecções provocadas pelo coronavírus (Covid-19).

Contudo, afirmou que a economia do Brasil não pode parar ou as consequências serão ainda mais desastrosas.

Bolsonaro ainda defendeu o tratamento precoce de pacientes com medicamentos que ainda não foram comprovados cientificamente como eficazes no combate a Covid-19. O presidente ainda destacou que governadores e prefeitos devem acabar com as medidas restritivas relativas à movimentação/trânsito de pessoas e defendeu a abertura dos estabelecimentos comerciais.

Para que a Saúde e a Economia caminhem de mãos dadas, Bolsonaro disse que os trabalhadores necessitam aprender a conviver com a Covid-19. Nesse sentido, devem manter os empregos para evitar maiores endividamentos ao país. Outro ponto tocado pelo presidente foi o desprendimento à negatividade tão presente e defendeu que o brasileiro deve "voltar a fazer piada e sorrir", ou seja, o brasileiro precisa voltar a viver, segundo matéria publicada pelo jornal O Globo.