De acordo com informações divulgadas pelo Daily Record, uma mulher da Escócia que gravou em seu celular um vídeo caseiro envolvendo bestialidade, no qual ela mesma mantinha uma relação sexual com seu cão de estimação da raça labrador, negou durante julgamento realizado na quinta-feira (8) que tenha realmente "ido até o fim" e consumado o ato com o animal.
As audiências envolvendo o caso aconteceram na Corte do Xerife de Livingston (Livingston Sheriff Court), e durante a última sessão de deliberação, a acusada Suzie Cairns, de 39 anos de idade, afirmou perante o júri que a extensão da história sobre a relação imoral com o cachorro – a qual teria envolvido até o uso de chantilly – foi "exagerada".
Tentando se defender, a ré disse: "Não houve relações sexuais com o cão, e isso é o que estava implícito [nas informações que vieram a público]. O que foi dito é que eu fiz sexo com o cachorro, e eu não fiz".
No entanto, Cairns já havia se declarado culpada anteriormente em relação a dois incidentes – ocorridos entre fevereiro de 2016 e abril de 2017 – envolvendo o armazenamento de material pornográfico contendo Pedofilia, e admitido também que possuía "imagens pornográficas extremas, retratando de modo explícito uma mulher envolvida em atividades sexuais com um cão".
Acusada foi identificada através do uso da internet
Em uma audiência preliminar, que também aconteceu na cidade de Livingston – local onde a acusada vive –, foi revelado que os detetives da Unidade de Crime Cibernético da Polícia da Escócia (Police Scotland’s Cyber Crime Unit em inglês) interceptaram dados da conexão de internet de Suzie Cairns indicando que ela estava usando a rede mundial de computadores para acessar material ilegal, o qual envolvia o abuso de menores de idade.
Após a obtenção de um mandado de busca, os investigadores se dirigiram até a casa de Cairns. Ela foi entrevistada ainda na residência, e seu celular foi apreendido para ser examinado.
No dispositivo, a polícia encontrou centenas de imagens impróprias – a maioria de um teor considerado mais "ameno", mas um vídeo localizado era explícito, e envolvia a participação de crianças em atos sexuais.
Além disso, o telefone continha a filmagem envolvendo o cachorro, sendo que o animal estava na propriedade no momento em que os investigadores abordaram a mulher.
Condenação
Na sessão final de apreciação do caso, o advogado de defesa de Suzie Cairns, Neil Stewart, disse perante o tribunal que não procurou desculpar ou justificar as ações de sua cliente, mas ressaltou que a mulher sentia muita vergonha pelo que fez, e que ela acabou sendo exposta ao julgamento da população devido à repercussão de seu caso, o qual foi muito comentado pela mídia.
Stewart enfatizou ainda que a ré passou a ter muito medo de sair de casa, e que sofre de estresse.
Analisando estes fatores, o xerife Martin Edington, que esteve à frente do julgamento, decidiu não mandar a acusada para a prisão, e salientou que a defesa havia deixado "bem claro" o quanto Cairns sentia remorso. O magistrado acrescentou também que levou em consideração o fato de que a acusada não estava de posse de um grande número de imagens ilegais extremas, e que ela não possuía condenações anteriores.
No entanto, Cairns não escapou imune: a mulher foi colocada sob supervisão do Serviço Social britânico, e como uma alternativa à detenção, terá que prestar trabalhos comunitários por três anos.
Adicionalmente, o nome dela foi inscrito no assim chamado Registro de Infratores Sexuais (Sex Offender Register) – uma base de dados do Reino Unido que contém as identidades de todos os condenados por crimes sexuais, em especial aqueles envolvendo crianças – também por três anos.
Além disso, a escocesa só poderá acessar a internet, ou manter contato com menores de 16 anos, se cumprir algumas condições extremamente rigorosas que lhe foram impostas.