No início de seu 3º ano na Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump já vive um de seus períodos mais críticos. Segundo a Folha de S.Paulo, já se tem variáveis suficientes para início do processo de Impeachment do Presidente, uma vez que as investigações da Procuradoria Especial já está sendo efetuada pela figura de Robert Mueller.

Trump em conflitos: Congresso e Procuradoria

A envergadura política do Presidente vem cedendo-se com a pressão política crescente dos Democratas. O partido citado encontrou maioria nos assentos da Câmara em 2019, culminando na eleição de Nancy Pelosi, autora de depoimentos problemáticos envolvendo a figura de Trump.

"Não tem nenhum dinheiro para o muro" afirma Pelosi, quando disse ser muito complicado o diálogo com o Presidente acerca dos fatos que envolvam a construção do muro fronteiriço.Uma das variáveis que Nancy se apoia é no fato de que cerca de 800.000 funcionários federais estão sem pagamento desde o dia 22 de dezembro, em razão de obras da administração pública paralisadas. Sendo assim, não seria prudente sacrificar os salários dos servidores em nome da construção do muro.

Donald Trump deseja a liberação emergente de valores monetários para construção do muro que separará os Estados Unidos e México. De acordo com a BBC News, a afirmação de Trump que o muro terá seu pagamento compartilhado com o Governo do México nunca foi devidamente explicada em processo, isto é apresentado o detalhamento de como os custos serão destinados ao México para pagamento.

As autoridades disseram que Trump pretende construir 864 milhas de nova muralha e restaurar 1.163 milhas resultando-se em gasto de U$ 33 Bilhões, mas o que Trump tem solicitado é algo em torno de U$ 5 Bilhões adicionais. Desta forma, os Democratas, agora maioria na Câmara dos Deputados, se recusam a ofertar essa quantia, mas se disporam a ofertar U$ 1,3 Bilhões para financiamento de Segurança e Cercas nas Fronteiras.

Trump tem rebatido no sentido de que a perspectiva não deve ser tecida sobre um "muro de concreto" apenas, mas sim da construção de "ripas de aço com design artístico, onde se poderá facilmente se ver através delas".

Nas palavras de Nancy Pelosi, "não devemos fazer o impeachment por motivos políticos e não devemos evitar o impeachment por motivos políticos".

Sendo assim, as investigações acerca da colaboração entre dois agentes de Trump com russos, a fim de se conseguir influenciar resultados de sua própria candidatura, está sendo averiguada por Robert Mueller, procurador especial.

Nas eleições de 2016, muitos Republicanos não quiseram se posicionar ao lado de Trump, mesmo sendo ele do partido em questão. Em somatória, o Presidente não conseguiu recuperar seu prestígio diante dos Deputados de seu próprio partido, criando um negativo efeito "avalanche" em relação à sua representatividade frente ao Congresso.

Somando-se a isso, os Republicanos "acenderam sinal vermelho" quando a idiossincrasia de Trump ultrapassou para a política externa se aventurando nas retiradas das tropas na Síria, renúncia imediatista do secretário de Defesa Jim Mattis, apoio à Arábia Saudita após o assassinato de Jamal Khashoggi, mercado acionário em atrofias e paralisações inexplicadas de partes da administração pública.

Com essa tipologia de conduta é que Trump tem conseguido cada vez mais desprezo e críticas abertas, não só de agentes declarados opositores, mas também de membros do seu próprio Partido: Republicanos.