Nesta quarta-feira (10), em uma conferência em Bruxelas, na Bélgica, cientistas e astrônomos registraram e anunciaram a primeira imagem de um buraco negro. O fato tornou a data um marco épico para a historia da Ciência, além de provar que a Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein estava realmente certa.

Uma das envolvidas no projeto é a americana Katherine Bouman, de 29 anos, responsável por desenvolver o algoritmo que sincronizou o funcionamento de radiotelescópios pelo mundo.

Após 2 anos de observação e pesquisa, o projeto internacional denominado como Event Horizon Telescope, (em português, Telescópio do Horizonte de Eventos), que reúne quase uma dúzia de radiotelescópios no mundo, da Europa ao Polo Sul, apresentou ao mundo a primeira observação real deste enigma do universo.

Localizado em uma galáxia distante da Terra, ele tem 40 bilhões de quilômetros de diâmetro – cerca de 3 milhões de vezes o tamanho do planeta Terra e 6,5 bilhões de vezes maior que o Sol. E foi fotografado na Galáxia M87, que está a 55 milhões de anos-luz de distância do nosso planeta.

O que é um buraco negro

O buraco negro é um fenômeno espacial que tem proporções muito elevadas e com a massa extremamente compacta, resultando em um campo gravitacional tão forte que nenhum tipo de partícula, radiação ou luz poderiam escapar da sua atração. Assim como afirma a teoria da relatividade de Einstein, tudo o que atravessa o seu limite estaria perdido para sempre. Nem mesmo a luz poderia escapar e é por isso que são chamados assim.

Curiosidades sobre

  • Ele está a cerca de 55 milhões de anos-luz de distância do nosso planeta.
  • Para ser realizado o registro do buraco negro, foram utilizados oito radiotelescópios espalhados pelo mundo.
  • O buraco negro não emite luz e não pode ser visto a olho nu. O que os cientistas conseguiram captar foi o brilho de gases que são aquecidos a temperaturas altíssimas e sugados da borda do buraco negro para dentro.
  • O descobrimento gerou um conjunto de uma equipe internacional de 200 pesquisadores.
  • Sem o projeto Event Horizon Telescopeem a observação do buraco negro só seria possível com um telescópio gigante, do tamanho do planeta Terra.
  • Katherine Bouman foi a responsável por desenvolver o algoritmo que sincronizou o funcionamento dos radiotelescópios pelo mundo, que permitiram o registro histórico do buraco negro.

A teoria de Albert Eisten estava correta

Há mais de cem anos, Einstein calculou que a força gravitacional poderia distorcer o espaço-tempo.

Esse estudo ficou conhecido como teoria geral da relatividade.

A Teoria Geral da Relatividade de Eisten já havia sido publicada há mais de um século, em 1905. E uma de suas confirmações seria de que existem regiões no universo que deformam o tempo e o espaço, locais que teriam uma densidade tão grande que nem mesmo a luz conseguiria escapar de seu intenso campo gravitacional. Sendo essa uma das a definições de um buraco negro pensado pelo grande cientista.