Nesta quarta-feira (1º), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, informou que prepara um decreto para proibir a demissão sem justa causa pelos próximos dois meses.

A medida tem a finalidade de garantir que trabalhadores não se obriguem a ir trabalhar nesse período em que o país passa pela quarentena obrigatória devido à pandemia do coronavírus. O anúncio foi feito após uma das principais empresas do país decidir demitir sem justa causa aproximadamente 1.450 funcionários. Diante da ação da empresa Techint, Fernández convenceu os diretores a readmitir os funcionários.

De acordo com o decreto do presidente, ficou definida a liberação de 30 bilhões de pesos argentinos para o Fundo de Garantia local, que poderão ser retirados como linhas de crédito pelas empresas sejam elas grandes, médias ou pequenas, justamente para evitar demissões e maior dano a economia do país.

Na Argentina, o presidente Fernández decretou no domingo passado a ampliação da quarentena obrigatória até 12 de abril, ao passo que a medida foi anunciada houve desagrado por parte dos empresários que responderam ao Governo com buzinaços e panelaços em Buenos Aires.

Argentina mantém medidas de isolamento social

A Argentina adotou medidas de prevenção logo após Organização Mundial da Saúde (OMS) ter informado que as infecções que levaram chineses a óbito se tratava de uma pandemia.

Assim, no dia 15 de março a Argentina começou a se fechar para evitar que propagação do coronavírus se estendesse no país.

Numa ação conjunta com a sociedade, o governo tem conseguido passar pela crise. Contudo, já somam 24 mortes no país, com aproximadamente 1 mil casos de infectados. Nesse sentido, no último domingo (29), o presidente da República da Argentina solicitou por meio de decreto que o país manterá a quarentena até dia 12 de abril quando decidirá pela permanência ou exclusão da quarentena.

Surgimento do coronavírus

O coronavírus (Covid-19) surgiu na região de Wuhan, na China, e ganhou proporções mundiais acometendo a saúde de milhares de pessoas e levado tantas outras a óbito. Até o momento, o que se sabe são que pessoas que possuem doenças preexistentes são mais suscetíveis a falecer ao contrair essa família de vírus.

Nos grupos de riscos estão os diabéticos, hipertensos, obesos, pessoas com imunodepressões, fumantes, pessoas que possuem histórico de doenças respiratórias sejam essas pessoas crianças, jovens ou idosos. Contudo, os idosos são grupos de riscos que têm recebido maior atenção.