Funcionários de uma boate em Minneapolis, no estado de Minnesota, Estados Unidos, disseram que George Floyd trabalhou com Derek Chauvin no local. Eles informaram ainda que, no período que trabalharam lá, tiveram uma briga. David Pinney, um dos ex-colegas de trabalho de George e Derek, afirmou em uma entrevista à CBS que, na época, os dois já tinham um histórico de desavenças.

George Floyd ficou conhecido graças a um vídeo que mostra ele, um homem negro, sendo detido por um policial branco, que o prende ao chão, por quase 9 minutos, usando o joelho sobre seu pescoço.

A indignação popular quanto ao fato fez com que pessoas de várias localidades do mundo inteiro saíssem às ruas para protestar contra o racismo e também contra a violência policial.

O episódio aconteceu no dia 25 de maio e tem movimentado a vida política e social dos Estados Unidos, levantando o debate sobre o racismo e questionando a atuação da Polícia contra os negros.

Na entrevista, David Pinney disse que George e Derek se estranhavam sempre. As brigas, segundo o ex-colega, aconteciam porque Derek costumava ser muito agressivo com os clientes da boate. A dona da boate, Maya Santamaria, falou que os dois trabalharam juntos sempre nas noites de quinta-feira, quando a boate tinha uma competição de dança.

Ela afirmou acreditar que Derek "estava com medo" e se sentia intimidado por negros.

A família de George afirmou acreditar que, por trás do assassinato, pode haver motivos pessoais. Essa informação foi incluída na denúncia contra Derek Chauvin.

Situação atual de Derek Chauvin

Depois que George Floyd morreu por asfixia, o policial Derek Chauvin foi expulso da corporação policial de Minneapolis, foi preso e transferido para uma prisão de segurança máxima.

Ele enfrenta várias acusações de homicídio.

Nesta segunda-feira (8), aconteceu a primeira audiência do caso através de uma videoconferência. Nela, a promotoria fixou uma fiança de 1 milhão de dólares com condições ou 1,25 milhão de dólares sem condições. A próxima audiência está prevista para o dia 29 de junho.

Derek trabalhou como policial por 19 anos, no Departamento de Polícia de Minneapolis.

Durante esse período, pelo menos 17 investigações foram abertas sobre suas ações, segundo o Departamento de Assuntos Internos da força policial. Apesar disso, Derek sofreu punição em apenas dois casos, tendo recebido cartas de repreensão.

Além de Derek Chauvin, a Promotoria apresentou acusações de cumplicidade pela morte de Floyd e instigação contra outros três policiais que também estavam no local onde George foi detido: Thomas Kiernan Lane, Tou Thao e J. Alexander Kueng. Os três também foram expulsos da corporação policial e detidos.