Um grupo de jovens realizou uma "brincadeira" de péssimo gosto com um colega na Noruega. O ato que saiu totalmente fora de controle resultou na condenação dos jovens a penas de até sete meses de prisão. Os jovens estavam participando de uma festa, onde decidiram injetar ar comprimido no reto de um de seus colegas.

O caso ocorreu no ano de 2018, e a vítima estava dormindo quando seus colegas injetaram o ar comprimido, o que causou grandes danos a sua saúde física e psicológica.

Tribunal

O veredito, segundo divulgado pela AFP nesta terça-feira (25), aponta que o tribunal julgou que as provas mostram que a vítima sofreu um impacto muito forte com a injeção de ar no reto, e que tal atitude resultou em problemas de saúde, fazendo com que o jovem sofresse alterações das funções tanto retais quanto do esfíncter.

A festa

De acordo com os jovens, que na época do ocorrido tinham em média 21 anos, eles tinham uma organização que representava a juventude rural, e que sempre que realizavam festas deste tipo, a suposta "brincadeira" era uma prática comum entre eles.

O grupo de estudantes confirmou que este tipo de brincadeira era aceitável em suas reuniões, e que inclusive a vítima teria sido a autora de várias delas, no entanto, para os juízes, inserir ar comprimido no reto de uma pessoa ultrapassa todo e qualquer limite.

Em decisão, o tribunal afirmou que abaixar as calças de uma pessoa e inserir um objeto no reto é violação à sua integridade física, e de forma alguma poderia ser comparado com desenhar ou fazer brincadeiras com tinta spray.

A vítima

O jovem que se tornou vítima da "brincadeira" tinha bebido bastante na festa e por isso acabou adormecendo e mesmo com o ar comprimido no reto ele não despertou. De acordo com uma estimativa da Polícia, pelo menos 13 litros foram injetados no reto do rapaz, no entanto, o número exato não foi estabelecido pelas autoridades.

Penalidades

Além da agressão física cometida contra o colega, o grupo filmou toda a suposta "brincadeira" e em seguida divulgou o material nas redes sociais, expondo assim não apenas a sua integridade física como a psicológica.

Cinco jovens foram julgados pelo crime, e destes quatro foram condenados em penas de até sete meses de prisão sob acusação de tentar contra a integridade da vítima e exposição de imagens.

O quinto jovem recebeu apenas uma multa.

Além das penalidades citadas, a vítima receberá uma indenização no valor de 8.500 euros, o que corresponde a mais ou menos R$ 56 mil, por danos morais e prejuízos decorrentes da "brincadeira de colégio".