Um crime brutal aconteceu na localidade de Elk River, em Minnesota (EUA). Uma menina de apenas oito anos foi torturada e morta, e seu próprio pai e madrasta foram presos suspeitos de cometer o crime.
Segundo informações do site "Star Tribune", que teve acesso ao inquérito, a menina passava fome pois o casal deixava de alimentá-la como forma de correção de problemas comportamentais. Como se isso não bastasse, o casal Brett Hallow, 30, e Sarah Hallow, 28, faziam a menina Autumn dormir amarrada, apenas com a cabeça de fora, em um saco de dormir.
Prisão
Autumn foi encontrada morta no apartamento do casal no dia 13 deste mês, e um dia depois o casal foi preso.
Na versão contada pela madrasta, a menina foi encontrada por ela já desacordada dentro da banheira, e foi aí que ela ligou para a emergência imediatamente. Enquanto isso o pai teria retirado Autumn da banheira e tentado reanimá-la no chão de um dos quartos. Quando a Polícia chegou ao local, se deparou com a madrasta fazendo massagens cardíacas na garotinha.
Ainda de acordo com Sarah, Autumn apresentava um bom quadro de saúde e a única coisa diferente era o fato de que ela não estava se alimentando direito.
Suspeita
Após a realização da perícia, a equipe de profissionais observou que a menina tinha hematomas pelo corpo e marcas de furos aparentemente realizados com agulhas na testa.
Seu corpo também estava bastante rígido, fato este que mostrava que a menina já estava morta há algum tempo, e não no momento em que Sarah havia relatado. Além da rigidez corporal, os peritos também notaram que as pontas dos dedos de Autumn estavam arroxeadas e escurecidas.
Autópsia
Após a realização dos procedimentos padrões, o corpo da menina foi encaminhado para uma autópsia.
Durante o exame foi constatado que a causa da morte foi asfixia, que ela apresentava sangramentos no abdômen e na cabeça, e tinha pulsos e quadris cobertos de hematomas.
Algo marcante na autópsia foi que Autumn tinha pouco mais de 20 quilos quando morreu, seus músculos estavam atrofiados, a massa de gordura corporal era mínima e, mesmo sendo uma criança de oito anos, apresentava queda de cabelos.
Tais características são, de acordo com o médico legista, possíveis resultados de longos períodos em que a menina ficava sem se alimentar.
Depoimentos
Além de Autumn, o casal tinha mais dois filhos, um de seis anos e outro de dez. Ambos confirmaram em depoimento que os pais amarravam a irmã como castigo, às vezes usando cintos e outras vezes camisetas. De acordo com as crianças, os motivos que levavam as punições eram as tentativas da menina de pegar alguma comida, ou quando fazia xixi na cama ou no chão. Os depoimentos corroboram com as suspeitas dos investigadores.
A mãe de Autumn relatou que, desde o mês de janeiro, foi proibida por Brett de ver a menina, exatamente quando ela começou a perceber que tinha algo errado com a filha por conta do baixo peso e atrasos no desenvolvimento. No entanto, o pai de Autumn alegava que o motivo para a mãe Kelsey Kruse não poder visitar ou ver a sua filha, era o distanciamento social recomendado durante a pandemia do novo coronavírus.