O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, comunicou nesta quarta-feira (30) que, por determinações de Jair Bolsonaro, ninguém ficará fora da reforma da Previdência, nem mesmo os militares. Espera-se que até julho a proposta seja aprovada pela Câmara e pelo Senado.
De acordo com o secretário, Bolsonaro deixou certo que todos devem contribuir, sendo que esse é um esforço conjunto para que seja salvo o sistema previdenciário brasileiro. Para um público de parlamentares, Rogério Marinho ressaltou que a responsabilidade que envolve esse tema é de todos.
"Ninguém vai ficar de fora", disse o secretário.
Marinho, entretanto, não especificou quando o presidente enviará o projeto que especifica a reforma da Previdência para os militares.
O secretário lembrou uma fala de Bolsonaro em Davos, quando participou do Fórum Econômico Mundial, que o governo se faz com exemplo. Vários integrantes das Forças Armadas já estão cientes da entrada deles também na reforma da Previdência.
Uma das formas de acelerar a aprovação da reforma seria aproveitar a Proposta da Emenda Constitucional (PEC) que o ex-presidente Michel Temer já tinha enviado. Com isso, evita-se que a proposta elaborada pelo governo Bolsonaro tenha que passar novamente por comissões da Casa.
Ajustar as contas
De acordo com o secretário, o intuito dessa proposta é ajustar as contas da União, estados e municípios. Governadores de cinco estados se reuniram com o secretário e também apoiaram a ideia da reforma da Previdência como forma de amenizar as contas públicas.
No discurso aos parlamentares, Marinho afirmou que a responsabilidade desse tema está nas mãos deles e o Brasil depende disso para poder não decair com seus sistema previdenciário.
Internado
Nesta quinta-feira (31), Bolsonaro não receberá ministros. O encontro foi desmarcado por orientações médicas. Segundo os profissionais, o presidente deve manter o repouso e evitar falar, pois pode entrar gases em sua cavidade abdominal. Caso isso aconteça, ele poderá sentir dores e a cicatrização demorará mais para ocorrer.
No encontro de hoje, lá no hospital Albert Einstein, estariam os ministros do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, segundo havia dito o vice-presidente, general Hamilton Mourão. Eles conversariam sobre o desastre que envolveu o rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho.