Durante a cerimônia de troca de comando do Exército, momentos de emoção foram verificado no ambiente. O então comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, se emocionou durante a transmissão de seu cargo de chefe da instituição. A mudança de condução do Exército ocorreu nesta sexta-feira (11), em Brasília. O evento contou com a presença de diversas autoridades, como o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.

O discurso do general Villas Bôas rememorou o ano passado. De acordo com o general, "o ano de 2018 foi desafiador para as instituições brasileiras e também para a identidade nacional do país".

Vale lembrar que a cerimônia na capital federal marcou o início do comando do Exército brasileiro sob o general Leal Pujol.

Emoção em despedida de Villas Bôas

Ao realizar o seu discurso, o general Eduardo Villas Bôas elogiou o presidente da República, Jair Bolsonaro. Ele afirmou que o presidente Jair Bolsonaro "tirou o Brasil da amarra ideológica que acabou sequestrando o livre pensar".

O militar concluiu ainda que o presidente Jair Bolsonaro teria "trazido a renovação necessária e a liberação das amarras ideológicas, caracterizadas por sequestrar o livre pensar, além de terem nublado o discernimento e induzido a um pensamento único e nefasto, conforme assinala o jornalista norte-americano Walter Lippmann: quando todos estariam pensando do mesmo modo, é porque ninguém está pensando", disse em seu discurso o general Villas Bôas.

Ao final de seu discurso, o general finalizou com a célebre frase: "Brasil, acima de tudo". Na despedida, o general Vllas Bôas chorou e foi abraçado pelo presidente Jair Bolsonaro. Com problemas de saúde, o ex-comandante do Exército faz uso de aparelho mecânico para respirar.

Ele adentrou o ambiente em uma cadeira de rodas, sendo auxiliado por um ajudante.

O general Villas Bôas fez todo o seu discurso com um microfone preso à cabeça. O militar padece de uma doença de caráter neuromotora degenerativa.

Dentre as autoridades que se encontravam presentes no local da cerimônia, estava, além do presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Antonio Hamilton Martins Mourão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro José Antonio Dias Toffoli, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, além de comandantes do Exército.

Também se encontravam alguns ministros do Governo Bolsonaro, como o ministro-chefe do Gabinete de Segurana Institucional, general Augusto Heleno, e o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro.