O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, discursou nesta quarta-feira (2) durante a posse do general da reserva Fernando Azevedo e Silva à frente do Ministério da Defesa. Vale ressaltar que o presidente Bolsonaro acompanhou pessoalmente a transmissão do cargo de ministro da Defesa.
A cerimônia ocorreu no Clube do Exército e contou com momentos de emoção durante a realização do evento. Houve também elogios por parte do presidente da República, dirigidos a ex-presidentes como José Sarney e Fernando Collor de Melo. Entretanto, o novo mandatário brasileiro não mencionou nominalmente os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, e nem os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Discurso em defesa da pátria e momentos de emoção
O discurso do presidente da República transcorreu com defesa da pátria, num tom muito similar aos discursos proferidos pelo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. Dentre as autoridades presentes na cerimônia de posse do ministro Fernando Azevedo e Silva para a Defesa, estavam, além das autoridades militares, como o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antônio Dias Toffoli, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Em seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é necessário que o Brasil se torne numa "pátria grande" e que isso só será feito "com uma boa equipe, onde todos conversam entre si, onde não há ingerência político-partidária que levou à ineficácia do estado e à corrupção".
Um dos momentos que emocionaram o general Villas Bôas durante a cerimônia foi quando Bolsonaro fez um agradecimento a ele e disse que o "que nós já conversamos morrerá entre nós".
O general Eduardo Villas Bôas, que sofre de uma doença degenerativa, acabou se emocionando com as palavras do presidente da República. O chefe do Exército faz uso de uma cadeira de rodas para sua locomoção e apareceu com lágrimas nos olhos, após a fala de Jair Bolsonaro.
Ainda durante o discurso do mandatário, ele salientou que os militares acabaram sendo esquecidos pela classe política brasileira e afirmou que "as Forças Armadas são um obstáculo para quem quer usurpar o poder".