O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, disse nesta terça-feira (15), em uma entrevista à GloboNews, que a "Petrobras foi saqueada em um volume sem paralelo" no Governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dizeres do ministro são uma resposta às declarações da defesa do líder do PT, que afirma que Lula sofre perseguição política e que Moro teria sido parcial em suas decisões quando estava à frente da Lava Jato.

De acordo com o ministro do governo Jair Bolsonaro, Lula já não faz mais parte do seu presente e nem do seu futuro.

Moro ressaltou que todas as suas decisões foram confirmadas na segunda instância por desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Diante disso, ele afirma que todas as insinuações feitas pela defesa do petista sobre a sua pessoa estão equivocadas.

Lula está preso na Superintendência da Policia Federal em Curitiba, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro na ação do triplex em Guarujá. O petista afirma que sofre perseguição política e diz que não existem provas contra ele. Em seu interrogatório mais recente frente à juíza Gabriela Hardt, ele criticou Moro por sua atuação na Lava Jato.

Desabafo

Na entrevista, Moro acabou desabafando e explicou que o grande problema que existe é o roubo gigantesco na qual a estatal petrolífera foi alvo no governo petista.

Segundo o ex-magistrado, a própria Petrobras admitiu desvios de R$ 6 bilhões.

Moro deixou uma pergunta no ar e acabou ele próprio respondendo: "Pra onde foi esse dinheiro?". Para o ministro, esse dinheiro serviu para enriquecer agentes públicos e, consequentemente, beneficiar o ex-presidente.

O ministro da Justiça ainda disse que falar em perseguição política é o mesmo que dizer que a corrupção não existiu, o que, segundo ele, não é verdade diante de todas as investigações realizadas.

Porte de armas

Em relação ao decreto sobre a flexibilização da posse de armas assinado, nesta terça, pelo presidente Jair Bolsonaro, Moro resumiu em "ponderado".

De acordo com o ministro, várias críticas surgiram em relação a esse assunto, tanto de pessoas favoráveis e contrárias ao decreto. Moro enfatizou que pessoas que não querem ter arma em casa não são obrigadas a ter, entretanto, pediu respeito para aqueles que preferem ter a arma como uma forma de buscar mais segurança.

No entanto, o ministro afirmou que as pessoas não terão acesso a armamentos pesados.