A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, esteve na 40ª reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta última segunda-feira (25). Em pronunciamento, Damares fez um apelo aos que estavam presentes quando mencionou a situação caótica da Venezuela. O encontro ocorreu em Genebra, na Suíça.

Damares Alves disse que o Governo brasileiro está muito preocupado com a situação venezuelana. Ela cita que o governo está atento com a grande quantidade de violações dos direitos humanos e a persistência do regime de Nicolás Maduro.

Com isso, a ministra frisou o compromisso do governo brasileiro na defesa da democracia, direitos humanos e o funcionamento do estado. No discurso, Damares também citou o presidente interino, reconhecido pelo Brasil, Juan Guaidó, e disse que o Brasil está unido com ele. Entretanto, deixou claro que a união não seria para intervir na Venezuela, mas na entrega de ajuda humanitária aos que precisam no país.

A ministra também apelou para que a comunidade internacional possa reconhecer Juan Guaidó como presidente e que seja decretado o fim do regime de Nicolás Maduro. "O Brasil apela à comunidade internacional à somar-se aos esforços de liberação internacional da Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Guaidó e exigindo o fim da violência das forças do regime contra sua própria população", disse.

Temas polêmicos

Além de se pronunciar sobre a Venezuela, a ministra falou de outros temas polêmicos, como o aborto. Em declaração, Damares Alves disse que o governo federal irá resguardar o direito à vida, citando então o direito à concepção e à segurança do indivíduo.

Sobre a violência contra a mulher, também chamada de "feminicídio", a ministra disse que o governo não medirá esforços para enfrentar a violência e a discriminação contra as mulheres.

A ministra comentou sobre a demarcação de terrar indígenas, ela apontou que isso é positivo e que nada afetará comunidades indígenas.

Situação tensa na Venezuela

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, cerca de 160 militares venezuelanos desertaram para o Brasil e Colômbia neste último final de semana. Em decorrência de agentes militares impediram a entrada de ajuda humanitária no país, o caos se instalou e até mesmo militares venezuelanos tentam fugir da situação devastadora.

No Brasil, seis sargentos das Forças Armadas venezuelanas procuraram proteção. No caso mais recente, três militares venezuelanos fugiram e vieram por trilhas. Eles foram encontrados pela patrulha do Exército que estava fazendo uma inspeção na área. Um dos militares estava com sinais de desidratação.