O deputado federal Eduardo Bolsonaro divulgou um vídeo em suas redes sociais em que alerta para o que classificou como "ameaças reais" contra o pai, o presidente Jair Bolsonaro. O vídeo, publicado em sua conta no Twitter nesta terça-feira (05), mostra um homem no palco de um baile funk puxando uma letra com menções a facções criminosas e ofensas ao presidente. Na gravação, é possível ver que há pessoas com fuzis na plateia. O público reagiu apoiando as ofensas contra Bolsonaro.

Eduardo questiona o que fariam determinados políticos caso sofressem ameaças desse tipo.

Vale ressaltar que o parlamentar Jean Wyllys foi embora do Brasil após sofrer várias ameaças. Ele abriu mão de seu terceiro mandato como deputado federal.

Para Eduardo, as ameaças contra seu pai possuem um lado positivo: mostra que o governo está perturbando esses supostos criminosos. Na quarta (06), o vereador Carlos Bolsonaro também publicou o vídeo e pediu ação imediata das autoridades. Ele deixou uma pergunta no ar: se esse tipo de imagem ganharia a imprensa assim como as pautas de oposição ao governo.

Embora seus filhos tenham divulgado o vídeo, o presidente preferiu, até o momento, não se manifestar sobre o caso.

Atentado

Essa não é a primeira vez que o presidente tem que ficar atento e reforçar sua segurança diante de ameaças recebidas.

No ano passado, em plena campanha eleitoral, em Juiz de Fora, Bolsonaro levou uma facada na região da barriga onde foi atingido o seu intestino.

Ele acabou tendo que ficar o resto da campanha se recuperando e não pôde participar de debates eleitorais e nem mesmo ir às ruas buscar votos. Foi por esse motivo que o presidente se encontra atualmente no Hospital Albert Einstein, onde foi submetido a uma cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia.

Ele ainda está em fase de recuperação e não tem data para alta médica.

Outras ameaças

Bolsonaro também foi alvo de outras ameaças pela internet. Homens com armas nas mãos tentavam intimidar o capitão da reserva. O serviço de inteligência da Polícia Federal (PF) afirmou que está apurando todos os fatos e avançando nas investigações.

Um grupo de extrema esquerda, na Alemanha, também assumiu ataques à embaixada brasileira em Berlim, na última sexta-feira (01), e comunicou que o ato foi contra a política difundida por Bolsonaro. Eles quebraram vidraças e picharam as paredes.